segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PAG 15 - 3º DIA NO RIO DE JANEIRO

Acordei de novo com uma bandeja de frutas, e suco energetico. Nossa que delicia, não quero mais voltar pra JF.

Descemos e demos uma caminhada na orla, ele é muito conhecido, e toda hora parava com alguém. De repente parou um carro com dois rapazes conhecidos dele, que estavam indo ao zoologico. Como eu não conhecia, ele achou uma boa oportunidade, e fomos. Não preciso nem falar que eu amei. Tem bichos que nem em figurinhas eu conhecia. Tem uma placa dizendo que é proibido alimentar animais, mas a placa nunca é respeitada e todos jogam pipoca aos bichos, os macacos então, deitam e rolam e já estão tão acostumados, que estendem as patinhas pedindo.

Almoçamos por ali mesmo, batemos altos papos. O apelido de "mineirinho" pegou mesmo, e pelo papo dos dois, todos queriam conhecer o namorado " mineirinho" dele. Achei estranho um comentário, onde o colega dele disse, que queria ver, até quando ele ia se divertir com esse brinquedo novo. Ele ficou muito sem graça.

Voltamos pro apartamento.

Tomei uma cerveja e ele com aquele calor todo, tomou um whisky. Colocamos um filme no video cassete e mal começou o filme apaguei. Ele gentilmente, me jogou um lençou, deixou o quarto na penumbra.

Acordei mais a tardinha com um cheirinho gostoso de misto quente, ele me disse que já ia me acordar pra lancharmos. Comi tres mistos, estava realmente com fome.

Tomamos banho e apenas trocamos caricias no chuveiro.

Ganhei um roupão lindo, marron escuro, chiquerrimo.

Conversamos e ele disse que teria de ir trabalhar na segunda, e que eu poderia dar umas voltas de manhã mas que ele viria me buscar pra almoçar. Na segunda, preferi ficar em casa vendo filmes. Ele chegou e fomos almoçar. Achei estranho, ele pedir para que eu fosse almoçar " arrumado", já que ele sabia que eu nçao gosto e ficar assim de dia, mas fazer o que? Acabamos de almoçar e percebi que a rota não era a mesma de casa. Perguntei onde iriamos e ele simplesmente sorriu. Chegamos a um predio, chiquerrimo, desses de filme de 007. Desci e achei estranho o manobrista cumrimenta-lo com um : ! Boa tarde, doutor". Entramos no elevador, todo espelhado e ele sorrindo me mostrou a camera de vigilancia. Chegamos no andar e fomos recebido por uma moça muito elegante e educada, que lhe deu " boa tarde doutor", e foi lendo a agenda diaria dele, e ele só respondendo: desmarca, desmarca, pra esse voce liga, desmarca, liga. Chegamos na sala dele que dava duas de minha casa em tamanho. Sentei timididamente numa poltrona e ele me mostrando a poltrona dele, disse senta ali. Todo sem graça, sentei e ele com o sorriso de ternura disse: tá lindo! voce é simplesmente lindo. Corei. Pedi pra ele parar e ele se aproximando de mim, me deu um longo e apaixonado beijo. Não sei porque, mas achei estranho esse fascinio dele por mim e fiquei preocupado, até que ponto isso vai?

Ele me pediu um ninuto, pediu para a secretaria dele fazer as ligações e que trouxesse um café completo pra mim. Alguns minutos depois veio a secretária com um carrinho, onde vi de tudo um pouco: patê ( diversos), torradas, biscoitos,bolo, suco e uma garrfa de café. Ele notou minha cara e sorriu. Ele adora me impressionar. Acho que ele se diverte " dando ao macaco, bananas". A secretária ia saindo quando ele disse que eu ali tinha acesso livre a qualquer hora. Nossa desmanchei " né". Ele adora meu né e meu uai. Ele disse que né, ele até entendia, mas queria saber o que era uai e eu não soube explicar disse simplesmente: uaí é uai, uai...ele desmanchou de rir..

Ele ligou pra secretaria e elegando um compromisso, saímos.

Ele disse que precisava conversar muito comigo. Vi que ele dirigia descuidado e perguntei o que estava havendo. Ele me disse que me explicaria, mas daqui a pouco. Entramos no Hotel Sheraton ( será que é assim que escreve?). Ele disse que iria malhar e que eu o aguardasse um pouco. Deu ordens ao garçon para que me servisse o que eu quisesse. Ele me perguntou se eu gostaria de nadar e eu afirmei que sim, ele me disse pra esperar um pouco e voltou com um par de sandalias,short e camiseta. Nossa que lindinho, não sei que tecido é, nunca v, só sei que não molha. Dei uns mergulhos, pedi um suco de marcujá e sentei numa espriguiçadeira. Comecei a circular o olhar ao redor, mas nunca me fixando num determinado lugar, porque ele disse que isso é falta de educação, porque parece que voce está vigiando a pessoa. Veio dois gringos e me cumprimentando com um sorriso, sentaram. Nossa eu não entendi nada, pareciam que estavam xingando um ao outro, me parecem que eram russos.

Ele chegou, sentou na beira da espriguiçadeira e sem eu saber como surgiu o garçon com um drink lindo, o copo parecia um carro alegorico, todo enfeitado. Pedi um golinho pra experimentar, mas não gostei. Nadamos juntos e ele, andou deslizando a mão por meu corpo debaixo dágua, confesso que fiquei receoso. Perguntei pela conversa e ele disse que em casa conversariamos.

Na hora de ir embora, troquei de roupa e vim com o short, sandalia e camiseta na mão e perguntei, onde eu devolveria. Ele disse tranquilamente: joga no lixo é descartavel. É claro que não joguei. Ele como sempre: sorriu.

Cheguei no apartamento, pedi licença e liguei para a namorada. Quando desliguei, ele estava de cara amarrada, e mau humoradao me disse, que eu " tinha" de brigar com ela se quisesse ficar com ele. Tentei argumentar, mas ele não aceitava.

Achei melhor ir pro quarto, arrumar minhas coisas e voltar para JF. Ele disse que não me dividiria com ninguem e que problemas ele ja tinha demais, e que realmente era pra eu ir embora. Arrumei minha mochila, ele disse que me levaria a rodoviaria. Eu disse que não precisava, já que cheguei ali sosinho, iria sosinho. Ele começou a chorar e eu lhe dando um beijo no rosto, sai do apartamento. Olhei pra cima e ele estava debruçado na varanda, mesmo de longe, percebi que ele chorava. Eu hein, nunca deixei ninguem mandar em mim, não vai ser ele, que acabei de conhecer.

Atravessei a pista e fui pro ponto do bus. Esperei o frescão, adorei andar nele, e fui para a rodoviaria. Peguei o orelhão e liguei para casa, avisando que estava de volta. Comprei passagem para uma hora depois.

Comprei o jornal para ler na viagem, abri e dei uma olhada superficial. Fechei o jornal e percebi que ele estava sentado ao meu lado. Levei um tremendo susto. Perguntei o que estava havendo e ele disse com voz embargada que não queria que tudo terminasse assim, que eu poderia ir embora mas não daquele jeito.

Como faltava ainda um tempo para o bus, resolvemos sentar num lugar mais tranquilo para conversar, começamos a conversar e senti pena dele, vi que ele estava em pedaços, que aquele grande homem que tinha todo o poder nas mãos, e que manipulava tantas pessoas, não conseguia manipular um afeto sincero. Peguei a mão dele, coloquei entre as minhas, e disse que eu não estava acostumado com isso, que minha vida estava começando e que eu queria ter liberdade dos meu atos, e disse que ele deve ter tido isso quando tinha a minha idade. Ele concordou e disse que faria qualquer coisa pra me ter de volta. Eu disse quero LIBERDADE! ele disse, voce terá. Ele pediu para ver a minha passagem já que ele não estava acostumado a andar de bus. Mostrei pra ele e ele simplesmente, rasgou. Com cara de cachorro vira latas na chuva, disse: Vamos mineirinho, minha casa sem voce não é nada.

Voltamos os dois felizes para o apartamento. O sexo foi a complentação de todo o carinho que sentiamos um pelo outro.Resolvemos não sair a noite e ficar em casa juntinhos namorando. É logico que liguei pra minha mãe, alegando impedimentos de ultima hora. Vi que ela não gostou e que quando eu chegasse em JF o bicho vai pegar.Quando fomos deitar, ele se deitou no meu ombro e disse que precisava desbafar, e começou a falar que a familia dele era muito rica, que tinha dois irmãos e uma irmã, mas que não ligavam para ele, porque ele é gay. Vi que ele falava com sentimento e que isso doia muito nele. Acariciei seus cabelos e deixei ele falar, ele disse que tinha tudo, mas que não tinha nada, que estava cansado da vida futil que levava e que todos se aproximvam dele pelo que ele tinha. Disse que no natal, os pais dele mandavam presente carissimos pra ele, mas mandavam entregar e o que ele queria era simplesmente um abraço. Disse ainda que seus sobrinhos mal o cumprimentavam. Agradeci a Deus a familia que eu tinha, onde no natal eu ganhava um tenis de 20,00 que meu pai economizava pra comprar, mas a nossa ceia era tradicional e não falatava as orações e os abraços carregadinhos de amor. Vi que ele estava engasgado e senti ele pequenininho e lhe dando todo meu carinho, fiz "cafuné" até que seus soluços foram diminuindo, e ele deixando cair a cabeça ,dormiu nos meus braços. Depois de um determinado tempo, acomodei ele no travesseiro e lhe dando um beijinho de boa noite, agradeci a Deus por minha familia e meus amigos.Será que se eu tivesse muito dinheiro teria amigos sinceros?

Um comentário:

Unknown disse...

Muito interessante amigão,vc é um ser muito especial ao meus pensamentos,muito corajoso e abençoado,que vc realize todos os seus objetivos afetivos com seus namorado,muito bonito o casl parabéns,além de vc escrever muito bem.......abraços e suas palavras são magicas ok....