segunda-feira, 24 de novembro de 2008

PAG 17 - RETORNO A MINAS GERAIS

Acordei com o interfone, era o motorista da firma dele, tinha vindo me buscar. Troquei de roupa rapidinho e desci. Cheguei na firma, todos muito cordiais comigo e fui direto pra sala dele. Pedi pra ele me arrumar um café, porque não havia dado tempo pra que eu lanchasse. Ele pediu o café, e veio aquele carrinho com tudo, e me fartei da guloseimas. Perguntei o motivo de estar ali e ele disse que era saudades, não entendi bem, não tinha nem 4 hrs que ele havia me deixado, e já estava saudoso. Fomos almoçar, e depois do almoço, fomos dar uma volta de carro, e eu aproveite pra lhe falar que ia embora amanhã. Ele começou a querer  chorar, e eu disse que havia demorado mais do que devia, mas que estava resolvido, eu iria embora mesmo. Ele disse que tudo bem, que não poderia me prender, mas que queria me dar um presente, para que  sempre me lembra-se dele. Eu disse que já havia ganho coisas demais, que o só carinho e atenção dele ja tinha sido mais do que suficiente.Ele não retrucou e estacionou em frente a uma joalheria. Descemos e eu estava com muita vergonha, ele parando em frente a uma vitrine de relogios disse: escolhe! Eu não quis escolher, e ele escolheu um maravilhoso. Coloquei no pulso e me senti um  " Onassis". Saímos da joalheria e ele me deixou no apartamento, e foi trabalhar. Subi, comecei a  arrumar a mochila. Passado umas duas horas, eis que ele entra no apartamento, com uma mochila linda. Eu não sabia o que dizer, ele com os olhos marejados disse: Fica. Eu disse que não podia, mas que assim que pudesse eu voltaria. Eu vi que ele realmente estava gostando de mim, e que eu sentia um afeto muito grande por ele, mas não passava disso.

Fomos tomar banho, tomei umas geladas, e ele whisky. Fizemos amor e saímos pra jantar. A noite estava linda, e paramos na orla. Tomamos um sorvete. Conversamos muito e ele disse se minha decisão era definitiva, respondi que sim, e ele me dando um beijo, ligou o carro. Parou na rodoviaria e descemos para comprar passagem. Voltamos pro apartamento e no caminho ele parou numa floraria , comprou uma rosa branca e escreveu um cartão lindo e me entregou. Não tive palavras.No cartão se lia : " o tempo e a distancia nunca apagarão um amor vedadeiro"

Chegamos no apartamento, sentamos no sofá, ligamos a tv e ficamos agarradinhos. Fomos deitar. Trocamos algumas caricias e dormimos.

Acordei, lanchamos, e depois de varios beijos de despedida ele me levou na rodoviária. Nos despedimos e ele com os olhos molhados dàgua cantou: " Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida vou te amar...Me senti um artista de novela mexicana.

Entrei no bus, e ainda dei o ultimo aceno. Fiquei triste, mas ao mesmo tempo foi como se grilhões se quebrassem, estava livre, rumo a liberdade, na minha linda Juiz de Fora...

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