segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PAG 24 > DE VOLTA AO RIO DE JANEIRO

Na estrada, pedi para dar uma passadinha em Petrópolis, pois estava afim de conhecer a cidade. Amei. Tomei um chope e ele um whisky, tira gosto bolinho de bacalhau. Que delicia. Tem um amigo quer diz: “ Queria ser pobre um dia, porque todos os dias é foda...” E ele tem razão, como é bom você saber que o que você tem no bolso não é para pagar contas no outro dia.

Demos umas voltas pelo museu e ele claro me deu uma aula de cultura. Fomos ao Quitandinha hotel que achei maravilhoso.

A tardinha saímos de Petrópolis e fomos direto ao Rio de |Janeiro, Paramos no Mirante na Serra de Petrópolis e ali de frente a um por do sol maravilhoso namoramos um pouco.

Chegamos ao Rio de Janeiro e para variar, paramos para tomar um chope com batatas fritas, em um barzinho chamado amarelinho.

Fomos para casa e ele me levou direto ao quarto de hospedes. Quando abri, uma surpresa, ele tinha trocado a cama, pintou da cor que eu gosto (tipo um avermelhado desbotado) eu havia visto na casa de um amigo dele e comentei que era lindo. Não soube o que dizer. Ele abrindo uma gaveta, pegou uma caixa embrulhada para presente e me entregou. Eu como sempre, muito sem graça, agradeci e abri. Era um chaveiro de prata, com uma medalha linda escrito o meu nome. Eram as chaves da casa dele.Não gostei do presente, esbocei um sorriso e agradeci, na hora certa devolverei. Não quero morar com ele, minha vida está começando e não quero compromissos com ninguém.

Fomos tomar banho juntos e ficamos relaxados por um bom tempo tomando vinho na banheira. Conversamos muito sobre tudo, mas eu resolvi que não seria a hora certa de devolver as chaves.

A noite em ficamos em casa, curtindo umas fitas de vídeo com documentários maravilhosos.

Ele disse que gostaria que eu passasse o dia na empresa com ele, a contra gosto concordei. Acho que ele está apressando muito as coisas. Ele me trouxe para passear no Rio de |Janeiro e já me deu um quarto, as chaves da casa e agora quer que eu aprenda um pouco sobre a empresa,tudo está muito corrido e não quero mesmo ser algemado a alguém.

Bem de madrugadinha fomos dormir agarradinhos e vi em seu rosto estampado o sorriso da felicidade.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

PAG. 23 A VISITA

Acordei, liguei o som e fiquei pensando na discusão que tive ontem com meus pais. Não queria que tivesse acontecido, mas não sei bem o que aconteceu comigo, de repente do nada comecei a ter interesses por homem e estou deixando mulher de lado. Meus amigos heteros não estão mais me chamando pra sair, e quando estou com algum deles, eles evitam ficar sosinho comigo.

Saí do quarto, dei bom dia a mamãe e ela respondeu entre os dentes. Lanchei, me despedi da mamãe (ela não respondeu) e fui pro ponto do bus. Estava distraído, pensando no que estava acontecendo. Não gosto de brigar com minha mãe, me sinto mal, me dá um aperto na garganta e fico estranho o dia todo. Meu pai para mim é indiferente, brigado ou não, não me importo.

O bus veio e entrei.Ele ( o trocador) estava alí, bem de frente, me olhou com um sorriso e disse: bom dia. Não sei se respondi, passei rapidamente pela roleta, dei sinal e desci no proximo ponto. O que aconteceu? Minha garganata estava sêca, minhas pernas tremiam, meu coração batia acelerado. Que idiotice foi essa de descer,paguei passagem pra andar de um ponto ao outro. Continuei andando, mas não sabia onde estava. No primeiro bar que achei, entrei, pedi uma cerveja, e entre um trago e outro tentei analisar o que estava acontecendo comigo, mas não achei respostas. Saí caminhando sem rumo.

Cheguei no bar do beco, pedi uma cerveja, uma pinga e uma porção de moelas. O pensamento estava a mil. Meu amigo chegou e lhe contei o que aconteceu, ele riu e disse que eu estava agindo como um colegial, e que os sintomas eram de amor mesmo.Estava absorvido em pensamentos quando ouvi uma voz: oi sumido! e e eu levantando os olhos disse:Não é possivel, voce aqui? ele sorrindo: voce não respondeu meus telefonemas, resolvi ver o que estava acontecendo. Era o cara do Rio de Janeiro. Fiz as apresentações e vi que meu amigo de Juiz de Fora ficou de boca aberta com o " carioca". Ele muito bem vestido, com uma camisa verde, bronzeado o que realçava ainda mais seus olhos verdes, e seu sorriso estava aberto, fazendo com que suas covinhas se destacassem. Logo as mulheres do bar deram um jeitinho de vir a mesa e eu me senti como se ele fosse meu trofeu. Saímos dali e fomos pra um barzinho, no bairro Alto dos Passos, chamado Coquinho Gaudêncio.Tem uma pinga com côco, excelente. Meu amigo de JFora, viajava no carioca. Com o carro então ele se deslumbrou,mas realmente era um carro muito bonito e se existia algum em JFora, eu desconhecia.

Saímos do bar, levamos meu amigo em casa e fomos jantar no restaurante Faisão Dourado. Ele parecia estar se divertindo muito.Elogiou muito Jfora e disse sorrindo que seria um bom lugar para se morar. Fingi não entender. Saímos do restaurante e fomos pro Ritz Hotel. Quando cheguei na portaria, um dos porteiros era conhecido, e me chamou pelo nome, vi que o carioca não gostou.Quando chegamos no quarto,fechando a porta, ele disse: Voce deve vir muito aqui aqui, porque o porteiro te conhece pelo nome.Respondi que era a primeira vez que estava indo ali, mas ele não acreditou. Iniciamos uma discussão e ameacei ir embora.Ele se desculpou e depois de uma dose extra de whisky, voltamos as boas.ele me disse que ia fumar um baseado, pois estava muito tenso. Eu quis experimentar mas ele não deixou, disse que não ia ser primeiro a fazer minha cabeça, porque se tornaria responsavel pelo meu vicio. Ele ficou docil e sua sexualidade despertou. Será que que um baseado é bom mesmo? vou experimentar....Transamos varias vezes.

No outro dia, tomamos café no quarto mesmo e conversamos muito.Vi queele realmente estava sendo sincero, mas o que ele queria era impossivel, que seria morar e trabalhar com ele no Rio de Janeiro, ainda mais que no mes que vem tenho de fazer apresentação no exercito, pela segunda vez. Segundo meu irmão , meu pai conversou com o coronel pra que eu eu sirva exercito, para que eu " vire homem" , por aí dá pra imaginar a cabeça do meu pai....

Almoçamos no restaurante do hotel e a tarde saí pra mostrar a cidade. Fomos ao Museu Mariano Procopio ( ele adorou), depois fomos ao Clube Nautico e por fim o levei ao mirante do Cristo Redentor. Na descida, paramos o carro e demos uns garros. Ele agora foi mais direto e disse que gostaria de cpmprar um apartamento aqui para passar final de semana.

Passamos no hotel. ele pegou a bagagem e fomos pra casa.

Chegando em casa, ele ficou na sala, arrumei uma mochila com o necessario e disse para a mamãe que estava indo para o Rio de Janeiro. Ela começou a chorar, me pediu pra não ir e eu disse já saindo que não ia demorar.Deixei minha mãe com os olhos rasos dàgua e ele muito sem graça se despediu, dando um aceno do carro.

A cara dos meu vizinhos era de espanto total. Quem seria o meu "amigo" dono daquele carrão?

mistérios....

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

PAG.22 - BRIGA EM CASA

Sabe aquele dia que você sabe que tem uma bomba pronta pra explodir? Estou ,me sentindo assim.

Acordei, lanchei e estava indo pro clube quando encontrei um amigo gay que me chamou para sentar no cruzeiro. Fomos. Daqui a pouco chegaram mais três ( gays também) e ficamos os quatro ali, conversando. Tem um que dá pinta demais, e toda hora que o bus passava, ele desfilava e dava um showzinho particular, eu ria das cenas, mas no fundo pensava que ia chegar aos ouvidos de minha mãe. Tiramos uma fotos com poses estranhas pro convencional.

Voltei pra casa e pela cara de minha mãe, vi que algo havia acontecido e não deu outra. Ela disse que meu irmão havia me visto com um bando de “ mariquinhas ” e que os vizinhos estavam comentando a meu respeito. Discutimos feio. Como sempre, bati a porta do quarto. Liguei o som o mais alto possível e deixei o mundo do lado de fora Fiquei trancado até a noite quando o meu pai chegou. Pelas batidas na porta, vi que ia ter “ show”. Abri a porta e meu pai, já entrou gritando. Falei que eu não era surdo e que os vizinhos não precisavam saber de nossa vida, ele disse que não dava satisfações a vizinhos e falou mais alto ainda. Já que ele gritava, peguei uma revista e comecei a folhear. Ele bruscamente me arrancou a revista das mãos e jogou longe. Ele me fez uma pergunta e eu não respondi, ele ameaçou me dar um tapa e eu mandei ele dar, disse que ia ser o primeiro e único . Ele parou com a mão no ar e saiu batendo porta. Continuei no quarto.

Troquei de roupa e quando estava saindo ele disse que eu não iria porque ele não deixava.Abri a porta e antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, já estava na rua.

Liguei para os meu amigos, do orelhão perto de casa e marquei com eles no bar do beco.

Cheguei no bar, estava lotado. O samba estava pegando. Comecei a olhar pra um compositor,que sempre achei muito bonito. Ele pegou o violão e começou a tocar: “ Gosto muito de te ver leãozinho “, a musica é do Caetano Veloso, acho essa musica linda, porque me lembra o trocador. Comecei a cantar junto com ele e ele praticamente tocou a musica pra mim. Ele acabou de tocar, repousou o violão nos joelhos , me fez um aceno com o copo de cerveja e eu claro aceitei. Ele pegou a garrafa de cerveja, deu uma disfarçada e sentou na nossa mesa, meus amigos vazaram ( não precisei mandar). Ele morava por perto e eu saindo na frente o esperei na esquina da galeria. Foi uma noite maravilhosa, ele é tudo de bom.

Saí da casa dele, morto, ele realmente me esgotou.

Quando cheguei em casa, abri a porta e dei de cara com o meu pai na sala, sentado no sofá e já me recebeu aos gritos. Não dei uma palavra. Ele ficou com mais raiva ainda, por não retrucar, mas as ultimas palavras dele, guardei bem: “ FILHO QUE EU SUSTENTO, TEM DE FAZER O QUE EU QUERO...”

Tomei banho, troquei de roupa e saí. É assim não é, vou mostrar pra ele do que sou capaz..

Entrei em varias lojas e numa delas consegui um emprego de balconista. O salário não é grandes coisas, mas pelo menos ele não vai precisar me sustentar.

Comecei a trabalhar na mesma hora e os patrões, parece que gostaram muito de mim. È um casal de velhos e um senhor que administra.

Foi legal, a loja é um armarinho e tem de tudo um pouco. E como tem movimento. é uma mina de dinheiro.

Cheguei em casa, minha mãe perguntou onde eu estava e contei que havia arrumado um serviço. Coração de mãe é igual picolé no sol, derrete atoa. Me abraçou, chorou e conversamos muito. Minha mãe é meu tudo, a gente briga, mas se ama muito.
Quando meu pai chegou ela contou pra ele. Ele entre os dentes respondeu: que bom.

Gostaria tanto que meu pai fosse meu amigo, mas infelizmente tenho um cara que me colocou no mundo, e me dá um prato de comidas...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

PAG 21 - O TROCADOR

Acordei hoje bem cedo, revirei na cama a noite toda. Pensei muito no trocador, o que será que está acontecendo comigo?

Fui para o clube, Joguei vôlei, nadei. O treinador está uma fera comigo porque os dias que passei no Rio de Janeiro, não treinei. Menti ( mentira sadia) e disse que treinei no mar. Amanhã tenho de começar o treino, dobrado, puxado, e quando ele quer, sabe ser chato. Estava olhando distraído para as águas, quando reflexo começou a me mostrar o rosto do trocador. Senti uma sensação esquisita, troquei de roupa e em vez de ir para casa, fui para o bar do Beco, que está se tornando minha segunda casa. Pedi uma gelada, e logo alguém veio conversar comigo. Fiquei um bom tempo por ali e resolvi ir até a casa de minha tia, para saber mais detalhes da vida do trocador. Quando dobrei a esquina, dei de cara com ele na janela, minhas pernas estremeceram, me faltou ar, e como se eu estivesse para ser assaltado, me virei bruscamente e voltei acelerado para a Rua Halfeld. Cheguei ao bar Dia e Noite, pedi uma gelada e não acreditava no que estava acontecendo. O que isso, estou pirando? Não consigo entender o que aconteceu comigo. Minhas mãos ainda tremiam ligeiramente. Chegou meu amigo (gay) e começamos a conversar, Acabei lhe contando o que estava acontecendo comigo, e ele após tomar um gole, me disse: Meu amigo, você está no bico do urubu. .Eu perguntei por que, e ele com cara de cínico me respondeu que eu estava apaixonado. Ri na cara dele, ele estava pirando? Como eu poderia estar gostando de um homem? Impossível, ainda mais de um cara que eu mal sabia o nome.

De repente comecei a achar chato o papo dele chato, e não estava agüentando o tipo de brincadeira. Resolvi tomar um porre, pela primeira vez tomei uma cachaça, adorei...

Chegando em casa, jantei ( coisa que não faço) e fui dormir.

Acordei de madrugada como se estive no deserto Saara, a boca ardia de tanta sede, meu peito queimava de calor. Êta cachaça,,não bebo mais. Abri a geladeira e quase me joguei dentro dela, bebi água no vidro, nem peguei o copo ( Ah! Se minha mãe visse). Deixei o vidro em cima da pia, enchi um copo duplo de água e voltei para a cama. Deitei e antes de apagar dei um boa noite em voz alta ao trocador.

Realmente, agora tenho certeza, estou pirando mesmo....

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

PAG 20 VIAGEM BLOCO DO BECO

Viagem Bloco do Beco

O Bar do Beco tem um bloco que se chama Bloco do Beco, nele os compositores de Juiz de Fora viajam e mostram suas musicas. Tem uma que se tornou oficial que a estrofe era assim: Olha quem vem lá, é a turma do Beco, cantando pra não chorar,

Olha quem vem lá, é o bloco do medo, do Beco do Baltazar, (me desculpe os compositores se escrevi errado) mas se passou tanto tempo, mas o que importa são os momentos felizes que passamos nas cidades das redondezas e o carinho e a amizade que unia a todos, e alguns desses amigos continuam ainda ( graças a Deus) no meu circulo de amizades. Esse bloco fazia muito sucesso, hoje ele ainda persiste não com o mesmo fulgor de tempos atrás.

Nossa turma era a parte, nunca fomos excluídos e sim respeitados e queridos por todos, poderia citar nomes aqui, mas como não citei de ninguém até agora prefiro continuar assim, mas a você que conviveu comigo naquela época, agradeço, o carinho e o companheirismo. Hoje a turma do Beco está aí, jovens universitários que viraram nossos doutores de hoje.

Mas voltando a viagem, fomos de bus (especial) cantando e curtindo muito.Imagine um bus cheio de feras da MPB, uma tremenda de uma viola e um monte de gelada e uns beijos na boca (as escondidas é claro). Chegamos lá, o palco ainda não estava arrumado e fomos pro boteco mais perto. Começou o show, foi tudo de bom,curtimos muito e antes de vir embora, fui dar uns beijos atrás do bus com uma coisinha linda que toca uma viola que arranha meu coração. Voltamos pra juiz de Fora e todos apagados no bus, claro que eu não, as escondidas era mão pra lá e mão pra cá e acabou que tive de voltar pra casa sem cueca porque a minha estava toda melada.

Ao chegar, levei uma bronca de minha mãe, que coitada, ainda não havia dormido de preocupação comigo. Pedi uma montanha de desculpas e cama, não precisa falar que desmaiei.

sábado, 29 de novembro de 2008

PAG 19 A " FESTINHA"

Sabado, fui ao clube. Joguei volei, bati uma " pelada", dei uns mergulhos, tomei uma gelada e voltei pra casa.

O filho da vizinha está me torrando o saco,mas não estou a fim. Estou afim de carne nova, ele já e figurinha mais do que repetida. Fiquei em casa de bobeira e a noite fui ao centro da cidade. Passei no Dia e noite e encontrei com meus dois amigos.Tomamos umas, fomos pro bar do beco e lá fiquei conhecendo um cara que me chamou pra ir numa festa. Como estava de bobeira mesmo, fui. Chegando lá vi que era uma festa gay porque só  tinha homens. E cerveja prá lá, cerveja pra cá, no relaxamento total, começou a rolar uma bandeja de prata com cocaína e outra com cigarros enrolados de maconha. Fiquei apreensivo e pensei se policia bater aqui to fudido, eles com certeza teriam bons advogados e eu? Não quis experimentar nenhuma droga, mas confesso que um baseadinho me chamou a atenção.Falei com o meu amigo que eu não estava a vontade e  queria ir embora, estava com medo de policia. Ele riu e me mostrou: está vendo aquele ali? é medico... e aquele ali é um advogado conhecidissimo e o dono do apartamento é um politico muito infuente, se é um lugar onde policia " nunca" virá é aqui. Ia passando um senhor, com aparencia distinta e com um baseadinho nos dedos e ele chamou pra me apresentar e disse: Esse aqui é o nosso delegado,gente boa, se voce precisar de algo. Agradeci e mesmo assim quis vir embora. Ele se ofereceu pra me levar e aceitei. Ele me chamou pra ir no morro do cristo, logo percebi as intenções, e como ele era muito interessante, e a lua convidava fomos.Descemos do carro, fomos pro mirante, demos uns garros e voltamos pro carro. Na volta, na descida do morro do Cristo, ele parou e rolou um sexo no banco de tras.Cheguei em casa, tomei uma chuverada e me joguei na cama. Me arrependi de não ter fumado um baseadinho....

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

PAG 18 NO EXÉRCITO

Chguei em casa e depois de uma bronca de uma hora, conversei um pouco com a mamãe, almocei e fui pro clube. Fiz sucesso, o conjunto de short,camisa e sandalias do Sheraton hotel fez sucesso. A sunga nem se fala, vi os boyzinhos, metido a bois de cem contos, coxixando. Todos sabiam que eu era de uma familia pobre e como poderia estar vestido assim? Sei que pelo menos um deles conhecia o hotel, nem que fosse de nome. Sem contar meu bronzeado que arrasava.

Minha namorada chegou, e lá vem esporro, que isso ?, todo mundo acha que tenho dono. Ganhei esporro no Rio, ganhei da mamãe, e agora da namorada. Ela ficou furiosa por eu ter chegado e não ter ligado pra ela. Nossa nem me lembrei que ela existia. Chamei ela pro bar e apos tomarmos uma cerveja, abri a carteira pra pagar, junto com 200,00 estava um bilhete, que caiu ao chão. Ela pegou e leu em voz alta: " Espero que faça bom uso, TE AMO." Não precisa nem falar que o tempo fechou. Ela disse que estava tudo terminado e saiu correndo chorando, as amiguinhas logo vieram consolar e me fuzilaram com o olhar. Quer saber de uma coisa? foi melhor assim. Agora sim, vou curtir minha vida.

Fui pra casa, escutei um pouco de som, troquei de roupa, lanchei e rua. Dificil foi explicar pra minha mãe as roupas novas. O relogio escondi, não tem como usar, como vou explicar. Quando saí do quarto minha mãe me deu um beijo e disse que eu estava lindo. Coisas de mãe, suspeita pra falar. Peguei o bus e desci pro bar do Beco. Encontrei com dois amigos que são gays. Sentamos e tomamos umas. Paquerei uma garotas, mas não estou afim de me envolver.

Chegou um amigo e me perguntou se eu já havia me alistado. Caracas me esqueci completamnete. Marquei de ir com ele no outro dia.Ele me perguntou se eu não esquentava a cabeça em ficar sentado com dois gays, respondi que não.

Acordei 4hrs, passei na casa dele e fomos nos apresentar, A fila tinha umas 30 pessoas, atendem 100 por dia.

Apareceu um viado, sim não é perjorativo, mas que ele merece ser chamado assim, merece, porque ele estava de meia barba,camisa de malha colante e uma calça jeans dando cintura, parecia figura de ficção cientifica.

Nossa fiquei pensando como seria tirar a roupa perto de 100 homens. Na hora h nem me importei, andei peladão, tranquilo, mas também não ergui o olhar uma vez siquer para os lados ( vontade não faltou) mas cadê coragem. Saímos de lá num grupo de uns 10 mais ou menos. Fomos pro dia e noite tomar cerveja. Tinha um carinha com uma boca linda. Nossa que vontade dar uns garros nele.

Fui pra casa. Almocei e me joguei na cama.

Lá pelas 16hrs, mamãe me acordou com o telefone nas mãos dizendo que era um "amigo" do Rio. Senti uma ironia na voz de minha mãe. O que será? Conversamos um pouco e ele queria que eu fosse pra lá, respondi que não poderia e que quando pudesse ligaria avisando que ia.

me levantei, tomei um banho, coloquei a bermuda nova e fui pro bar perto de casa. O filho da vizinha veio correndo. Me chamou pro campinho, mas saí pela tangente.

Voltei pra casa, vi um pouco de tv com mamãe e sutilmente a deixei na sala porque ela insistia em saber quem era o meu " amigo" do Rio.

fui pro quarto, escutei um pouco de som e dormi.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

PAG 17 - RETORNO A MINAS GERAIS

Acordei com o interfone, era o motorista da firma dele, tinha vindo me buscar. Troquei de roupa rapidinho e desci. Cheguei na firma, todos muito cordiais comigo e fui direto pra sala dele. Pedi pra ele me arrumar um café, porque não havia dado tempo pra que eu lanchasse. Ele pediu o café, e veio aquele carrinho com tudo, e me fartei da guloseimas. Perguntei o motivo de estar ali e ele disse que era saudades, não entendi bem, não tinha nem 4 hrs que ele havia me deixado, e já estava saudoso. Fomos almoçar, e depois do almoço, fomos dar uma volta de carro, e eu aproveite pra lhe falar que ia embora amanhã. Ele começou a querer  chorar, e eu disse que havia demorado mais do que devia, mas que estava resolvido, eu iria embora mesmo. Ele disse que tudo bem, que não poderia me prender, mas que queria me dar um presente, para que  sempre me lembra-se dele. Eu disse que já havia ganho coisas demais, que o só carinho e atenção dele ja tinha sido mais do que suficiente.Ele não retrucou e estacionou em frente a uma joalheria. Descemos e eu estava com muita vergonha, ele parando em frente a uma vitrine de relogios disse: escolhe! Eu não quis escolher, e ele escolheu um maravilhoso. Coloquei no pulso e me senti um  " Onassis". Saímos da joalheria e ele me deixou no apartamento, e foi trabalhar. Subi, comecei a  arrumar a mochila. Passado umas duas horas, eis que ele entra no apartamento, com uma mochila linda. Eu não sabia o que dizer, ele com os olhos marejados disse: Fica. Eu disse que não podia, mas que assim que pudesse eu voltaria. Eu vi que ele realmente estava gostando de mim, e que eu sentia um afeto muito grande por ele, mas não passava disso.

Fomos tomar banho, tomei umas geladas, e ele whisky. Fizemos amor e saímos pra jantar. A noite estava linda, e paramos na orla. Tomamos um sorvete. Conversamos muito e ele disse se minha decisão era definitiva, respondi que sim, e ele me dando um beijo, ligou o carro. Parou na rodoviaria e descemos para comprar passagem. Voltamos pro apartamento e no caminho ele parou numa floraria , comprou uma rosa branca e escreveu um cartão lindo e me entregou. Não tive palavras.No cartão se lia : " o tempo e a distancia nunca apagarão um amor vedadeiro"

Chegamos no apartamento, sentamos no sofá, ligamos a tv e ficamos agarradinhos. Fomos deitar. Trocamos algumas caricias e dormimos.

Acordei, lanchamos, e depois de varios beijos de despedida ele me levou na rodoviária. Nos despedimos e ele com os olhos molhados dàgua cantou: " Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida vou te amar...Me senti um artista de novela mexicana.

Entrei no bus, e ainda dei o ultimo aceno. Fiquei triste, mas ao mesmo tempo foi como se grilhões se quebrassem, estava livre, rumo a liberdade, na minha linda Juiz de Fora...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

PAG. 16 - 4º DIA RIO DE JANEIRO

Quando acordei ele não estava, já tinha ido pro serviço. Eu mesmo fiz meu lanche.

Troquei de roupa, coloquei uma sunga, e resolvi dar uma caminhada pela praia. Cheguei a beira mar, sentei  e deixei a agua brincar com meu corpo. Claro que o coração viajou até o trocador: Quem é ele? como seria ele? Será que ele gosta da " brincadeira"? Seria tudo de bom ter ele ali ao meu lado, e abraçados, contemplar a magnitude de Deus pai, atravez desse fenomeno chamado mar. Como será que está a " bolsa"? bom isso só ficarei sabendo indo lá. Fui passeando, olhando os predios a beira mar e pensando nas desigualdades desse país imenso e cheio de  riquezas. Cheguei na bolsa e estava fervilhando. Será que esse povo vive de que? 10 hrs da manhã e a praia lotada. Não precisei ficar muito tempo, pra minha atenção ser despertada por um rapaz atletico, que jogava futevolei. Nossa que monumento. fui mais pra perto, e me sentei como se estivesse interessado no jogo. Ele logo percebeu meus olhares,  me chamou para jogar, eu recusei e continuei sentado. Passado uma hora mais ou menos, ele saiu do time e foi dar um mergulho, e eu acompanhei todos os seus movimentos. Quando ele voltou, sem cerimonias, se jogou na areia ao meu lado e começamos a conversar. Ele me convidou para ir a uma festa do cabide, eu disse que não sabia o que era, ele me explicou: Quando voce chega no apartamento, voce recebe um cabide, e nele voce coloca sua roupa, e entra nu. Agradeci o convite e disse que não teria coragem. Ele disse que morava ali perto, e se eu não queria ir tomar uma gelada. Aceitei. Andamos algumas quadras, sempre conversando, ele tem um papo super agradavel, chegamos ao prédio, entramos no elevador e ele sem me consultar desligou o elevador. Minha cabeça deu um nó. Pensei mil e uma coisas, minha mente logo se lembrou das coisas que minha mãe falava do Rio de Janeiro. Ele me encostou na parede do elevador, e me deu um beijo fulminante. Suas mãos ávidas, corriam pelo meu corpo e sem mais delongas me fez um sexo oral. Ligou e elevador, e quando chegou no andar, quando eu me preparava pra descer, ele com cara de safado disse: espere não vamos descer. Fechou a porta do elevador e descemos. Quando chegou na rua, eu ainda não havia me refeito, não sabia se estava tremulo por ter gosado, pela adrenalina do elevador, ou por tudo junto. Atravessamos a pista sentamos na praia e ele rindo, me disse que morava longe dali, e que sempre teve vontade de fazer uma loucura dessas e fez comigo. Fiquei puto,já pensou se alguem nos pegasse? esvravejei, falei, e ele rindo, escutava tudo, e com seu jeitinho de carioca, fala mansa e sorriso nos lábios, me dobrou e juntos demos boas risadas. Ele se despediu, não sem antes marcar comigo no outro dia, no mesmo horario.

Voltei pra casa, lembrando de tudo o que aconteceu, e rindo sosinho na rua. As pessoas devem me achar doido.

Cheguei no apartamento, tomei uma ducha, liguei o som e me joguei no sofá. E agora conto ou não conto?

Ele chegou todo feliz com um presente nas mãos e com um beijo me entregou. Coitado, não devo contar agora, ele está tão feliz. Abri e era uma camiseta linda. Agradeci, e  ele disse que quem deveria agradecer era ele, por eu estar na vida dele. Pô me deu cum complexo de culpa, mas tudo foi tão rapido que não deu para eu evitar. Confesso se fosse de outro jeito, nada teria acontecido. Fomos almoçar no mesmo restaurante.

Ele me deixou na avenida Copacabana e colocando 100,00 no meu bolso, para eu dar umas voltas, se despediu.

Comprei umas fichas telefonicas e liguei para a namorada. Começou a falar muito  e eu simplesmente desliguei. Liguei para a minha mãe e conversamos um bom tempo, tadinha ela só faltou chorar de saudades.

Prometi ir embora na segunda cedo.

Andei,tomei um chopp na galeria Alaska e vi que estava sendo paquerado, mas desviei o olhar, chega de aventuras por hoje, mas que dá vontade de repetir dá, ora se dá, ele beija bem demais, seu corpo chega a queimar de tanta tesão.

Resolvi entrar no cinema e vi que esse povo realmente não trabalha, 14hrs e o cinema cheio. Logo saquei que o cinema tinha um povo meio estranho, e não demorou muito, sentou um cara ao meu lado, e sem noçao de nada, pegou no meu pau. Sutilmente, me levantei e sentei em outra poltrona. Não consegui ver o filme, prestei atenção em todos os casais. Fui ao banheiro e lá dentro estava rolando sexo oral na dura, na frente uns dos outros. Que baixaria, saí do cinema revoltado.

Passei no mercado e comprei algumas coisinhas. Fiz uma taboa de frios e coloquei uma garrafa de vinho pra gelar. Quando ele chegou, ficou emocionado com  a supresa. Quis lhe devolver o troco, ele não aceitou.

contei pra ele sobre o cinema e ele riu dizendo que o erro foi dele em não avisar e que ficou muito feliz por minha atitude, me deu vontade de contar sobre o cara do elevador, mas faltou coragem.

Tomamos o vinho, trocamos umas caricias, tomamos banho juntos e fomos pra cama.

Eu disse pra ele, que na segunda feira iria voltar pra JF, ele não concordou e pediu para que ficasse o resto das ferias, eu disse que não, que minha mãe estava saudosa e preocupada. Ele mudou totalmente, achou que eu fiz a toboa de frios pra poder lhe falar isso. Como é estranha a mente das pessoas, não fiz com essa intenção.

Dormimos...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PAG 15 - 3º DIA NO RIO DE JANEIRO

Acordei de novo com uma bandeja de frutas, e suco energetico. Nossa que delicia, não quero mais voltar pra JF.

Descemos e demos uma caminhada na orla, ele é muito conhecido, e toda hora parava com alguém. De repente parou um carro com dois rapazes conhecidos dele, que estavam indo ao zoologico. Como eu não conhecia, ele achou uma boa oportunidade, e fomos. Não preciso nem falar que eu amei. Tem bichos que nem em figurinhas eu conhecia. Tem uma placa dizendo que é proibido alimentar animais, mas a placa nunca é respeitada e todos jogam pipoca aos bichos, os macacos então, deitam e rolam e já estão tão acostumados, que estendem as patinhas pedindo.

Almoçamos por ali mesmo, batemos altos papos. O apelido de "mineirinho" pegou mesmo, e pelo papo dos dois, todos queriam conhecer o namorado " mineirinho" dele. Achei estranho um comentário, onde o colega dele disse, que queria ver, até quando ele ia se divertir com esse brinquedo novo. Ele ficou muito sem graça.

Voltamos pro apartamento.

Tomei uma cerveja e ele com aquele calor todo, tomou um whisky. Colocamos um filme no video cassete e mal começou o filme apaguei. Ele gentilmente, me jogou um lençou, deixou o quarto na penumbra.

Acordei mais a tardinha com um cheirinho gostoso de misto quente, ele me disse que já ia me acordar pra lancharmos. Comi tres mistos, estava realmente com fome.

Tomamos banho e apenas trocamos caricias no chuveiro.

Ganhei um roupão lindo, marron escuro, chiquerrimo.

Conversamos e ele disse que teria de ir trabalhar na segunda, e que eu poderia dar umas voltas de manhã mas que ele viria me buscar pra almoçar. Na segunda, preferi ficar em casa vendo filmes. Ele chegou e fomos almoçar. Achei estranho, ele pedir para que eu fosse almoçar " arrumado", já que ele sabia que eu nçao gosto e ficar assim de dia, mas fazer o que? Acabamos de almoçar e percebi que a rota não era a mesma de casa. Perguntei onde iriamos e ele simplesmente sorriu. Chegamos a um predio, chiquerrimo, desses de filme de 007. Desci e achei estranho o manobrista cumrimenta-lo com um : ! Boa tarde, doutor". Entramos no elevador, todo espelhado e ele sorrindo me mostrou a camera de vigilancia. Chegamos no andar e fomos recebido por uma moça muito elegante e educada, que lhe deu " boa tarde doutor", e foi lendo a agenda diaria dele, e ele só respondendo: desmarca, desmarca, pra esse voce liga, desmarca, liga. Chegamos na sala dele que dava duas de minha casa em tamanho. Sentei timididamente numa poltrona e ele me mostrando a poltrona dele, disse senta ali. Todo sem graça, sentei e ele com o sorriso de ternura disse: tá lindo! voce é simplesmente lindo. Corei. Pedi pra ele parar e ele se aproximando de mim, me deu um longo e apaixonado beijo. Não sei porque, mas achei estranho esse fascinio dele por mim e fiquei preocupado, até que ponto isso vai?

Ele me pediu um ninuto, pediu para a secretaria dele fazer as ligações e que trouxesse um café completo pra mim. Alguns minutos depois veio a secretária com um carrinho, onde vi de tudo um pouco: patê ( diversos), torradas, biscoitos,bolo, suco e uma garrfa de café. Ele notou minha cara e sorriu. Ele adora me impressionar. Acho que ele se diverte " dando ao macaco, bananas". A secretária ia saindo quando ele disse que eu ali tinha acesso livre a qualquer hora. Nossa desmanchei " né". Ele adora meu né e meu uai. Ele disse que né, ele até entendia, mas queria saber o que era uai e eu não soube explicar disse simplesmente: uaí é uai, uai...ele desmanchou de rir..

Ele ligou pra secretaria e elegando um compromisso, saímos.

Ele disse que precisava conversar muito comigo. Vi que ele dirigia descuidado e perguntei o que estava havendo. Ele me disse que me explicaria, mas daqui a pouco. Entramos no Hotel Sheraton ( será que é assim que escreve?). Ele disse que iria malhar e que eu o aguardasse um pouco. Deu ordens ao garçon para que me servisse o que eu quisesse. Ele me perguntou se eu gostaria de nadar e eu afirmei que sim, ele me disse pra esperar um pouco e voltou com um par de sandalias,short e camiseta. Nossa que lindinho, não sei que tecido é, nunca v, só sei que não molha. Dei uns mergulhos, pedi um suco de marcujá e sentei numa espriguiçadeira. Comecei a circular o olhar ao redor, mas nunca me fixando num determinado lugar, porque ele disse que isso é falta de educação, porque parece que voce está vigiando a pessoa. Veio dois gringos e me cumprimentando com um sorriso, sentaram. Nossa eu não entendi nada, pareciam que estavam xingando um ao outro, me parecem que eram russos.

Ele chegou, sentou na beira da espriguiçadeira e sem eu saber como surgiu o garçon com um drink lindo, o copo parecia um carro alegorico, todo enfeitado. Pedi um golinho pra experimentar, mas não gostei. Nadamos juntos e ele, andou deslizando a mão por meu corpo debaixo dágua, confesso que fiquei receoso. Perguntei pela conversa e ele disse que em casa conversariamos.

Na hora de ir embora, troquei de roupa e vim com o short, sandalia e camiseta na mão e perguntei, onde eu devolveria. Ele disse tranquilamente: joga no lixo é descartavel. É claro que não joguei. Ele como sempre: sorriu.

Cheguei no apartamento, pedi licença e liguei para a namorada. Quando desliguei, ele estava de cara amarrada, e mau humoradao me disse, que eu " tinha" de brigar com ela se quisesse ficar com ele. Tentei argumentar, mas ele não aceitava.

Achei melhor ir pro quarto, arrumar minhas coisas e voltar para JF. Ele disse que não me dividiria com ninguem e que problemas ele ja tinha demais, e que realmente era pra eu ir embora. Arrumei minha mochila, ele disse que me levaria a rodoviaria. Eu disse que não precisava, já que cheguei ali sosinho, iria sosinho. Ele começou a chorar e eu lhe dando um beijo no rosto, sai do apartamento. Olhei pra cima e ele estava debruçado na varanda, mesmo de longe, percebi que ele chorava. Eu hein, nunca deixei ninguem mandar em mim, não vai ser ele, que acabei de conhecer.

Atravessei a pista e fui pro ponto do bus. Esperei o frescão, adorei andar nele, e fui para a rodoviaria. Peguei o orelhão e liguei para casa, avisando que estava de volta. Comprei passagem para uma hora depois.

Comprei o jornal para ler na viagem, abri e dei uma olhada superficial. Fechei o jornal e percebi que ele estava sentado ao meu lado. Levei um tremendo susto. Perguntei o que estava havendo e ele disse com voz embargada que não queria que tudo terminasse assim, que eu poderia ir embora mas não daquele jeito.

Como faltava ainda um tempo para o bus, resolvemos sentar num lugar mais tranquilo para conversar, começamos a conversar e senti pena dele, vi que ele estava em pedaços, que aquele grande homem que tinha todo o poder nas mãos, e que manipulava tantas pessoas, não conseguia manipular um afeto sincero. Peguei a mão dele, coloquei entre as minhas, e disse que eu não estava acostumado com isso, que minha vida estava começando e que eu queria ter liberdade dos meu atos, e disse que ele deve ter tido isso quando tinha a minha idade. Ele concordou e disse que faria qualquer coisa pra me ter de volta. Eu disse quero LIBERDADE! ele disse, voce terá. Ele pediu para ver a minha passagem já que ele não estava acostumado a andar de bus. Mostrei pra ele e ele simplesmente, rasgou. Com cara de cachorro vira latas na chuva, disse: Vamos mineirinho, minha casa sem voce não é nada.

Voltamos os dois felizes para o apartamento. O sexo foi a complentação de todo o carinho que sentiamos um pelo outro.Resolvemos não sair a noite e ficar em casa juntinhos namorando. É logico que liguei pra minha mãe, alegando impedimentos de ultima hora. Vi que ela não gostou e que quando eu chegasse em JF o bicho vai pegar.Quando fomos deitar, ele se deitou no meu ombro e disse que precisava desbafar, e começou a falar que a familia dele era muito rica, que tinha dois irmãos e uma irmã, mas que não ligavam para ele, porque ele é gay. Vi que ele falava com sentimento e que isso doia muito nele. Acariciei seus cabelos e deixei ele falar, ele disse que tinha tudo, mas que não tinha nada, que estava cansado da vida futil que levava e que todos se aproximvam dele pelo que ele tinha. Disse que no natal, os pais dele mandavam presente carissimos pra ele, mas mandavam entregar e o que ele queria era simplesmente um abraço. Disse ainda que seus sobrinhos mal o cumprimentavam. Agradeci a Deus a familia que eu tinha, onde no natal eu ganhava um tenis de 20,00 que meu pai economizava pra comprar, mas a nossa ceia era tradicional e não falatava as orações e os abraços carregadinhos de amor. Vi que ele estava engasgado e senti ele pequenininho e lhe dando todo meu carinho, fiz "cafuné" até que seus soluços foram diminuindo, e ele deixando cair a cabeça ,dormiu nos meus braços. Depois de um determinado tempo, acomodei ele no travesseiro e lhe dando um beijinho de boa noite, agradeci a Deus por minha familia e meus amigos.Será que se eu tivesse muito dinheiro teria amigos sinceros?

domingo, 16 de novembro de 2008

PAG 14 - 2º DIA NO RIO DE JANEIRO

Acordei, tomei um lanche reforçado, e disse que ia pra pensão pegar as minhas coisas, pra voltar pra Juiz de Fora. Ele com um sorriso lindo me disse: Está alí o telefone, liga pra sua mãe e diga que voce vai ficar uma semana aqui comigo, voce está de ferias e não tem nada que te prenda em Juiz de Fora, ou tem?

Eu disse que não, e que mais tarde ligaria pra minha mãe, porque minha vontade era voltar mesmo.

Ele todo animado me chamou pra ir a praia e eu fiquei todo empolgado, seria a primeira vez que eu entraria no mar.

Ele olhou disfarçadamente para a minha sunga, e sutilmente me ofereceu uma dele emprestada. Quando ele abriu o guarda roupas, tinha umas trintas sungas. Creio que tem loja em JF ( Juiz de Fora) que não tem esse estoque. Escolhi uma branca e fomos.

Fomos para o posto seis, conhecido entre os gays como bolsa ( porque tem todos os tipos de gays) e a pegação é geral. Fui apresentado a tantos que não me lembro do rosto de nenhum deles. Passamos uma manhã super divertida. Almoçamos num restaurante na orla, e aproveitei pra conversar com ele. Disse que o motivo de querer ir embora, era porque eu estava sem dinheiro, e não tinha cara de pau de ficar " filando" as coisas dele. Ele disse que não se importava com isso, e que dinheiro pra ele não era problema, pois era arquiteto e tinha uma grande firma, e que se eu quisesse poderia trabalhar com ele. Disse que minha familia não concordaria, pois afinal eu estava com apenas 17 anos, e não me deixariam sair de casa assim, então eu disse pra ele que ficaria mais um dia, ele sorrindo: dois? eu acabei concordando. Saímos dali e fomos na pensão pegar minhas coisas.Voltamos pro apartamento. Fiquei com vergonha de usar minha toalha, perto das que ele tinha em casa. Ele sempre gentil, me deu uma toalha de banho, e fui para o chuveiro. Outro mico: chuveiro a gás, não sei como funciona. Ele veio sorrindo ( vive sorrindo) agora concordo com o ditado popular: " rico ri atoa".

Quando estava quase acabando o banho, ele entrou no chuveiro e transamos ali mesmo. Minha primeira vez debaixo do chuveiro.

Tiramos um cochilo agarradinhos, e despertei com um delicioso suco energetico.

Enquanto tomavamos o suco, ele disse que precisava ter uma conversa séria comigo, e seu semblante estava carregado. Fiquei a imaginar o que teria acontecido. Ele pegou nas minhas mãos, e com a voz embargada disse: Tem dois dias que te conheci, e estou apaixonado por voce! Pensei: esse cara é maluco, apaixonado por mim? desde quando um homem pode amar outro? até concordo que sexo pode ser legal, mas amor?

Olhei bem dentro dos olhos dele, e disse que não acreditava na historia de amor entre homens, e que eu era muito novo pra me "amarrar" a alguém, que se ele quisesse curtir comigo, tudo bem, mas "namorar" que estranho, isso eu não queria. Ele me fez prometer que enquanto eu estivesse junto com ele, que eu não sairia com ninguém. Eu disse que isso poderia prometer. Ele agradeceu minha franqueza, e me perguntou se eu queria um whisky. Eu só tinha visto em filmes de 007. Disse que provaria do copo dele. Ele trouxe e dei um gole. Desceu queimando meu peito como se fosse brasa. Não curti.

Ele me chamou pra dar uma volta de carro e pediu pra tirarem o carro da garagem, e falou algo que não entendi. Quando cheguei na garagem tinha um karman guia conversivel, lindo, fiquei de boca aberta ( de novo|Ele ria com meus assombros, ai ele me explicou que tinha tres carros, cada um proprio pra uma ocasião.

Fomos para o " Barra shopping" nossa fiquei perdido, se eu não estivesse com ele , não acharia a saída. Cada vitrine , que luxo. Paramos numa loja de calças e ele me disse que precisava comprar uma pra ele,que era pra que ajudasse, comecei a olhar os preços, 400,00, 600,00 e até 800,00. Achei uma linda,o jeans da moda " lee" 380,00 por ser uma das mais baratas escolhi,essa. Ele me disse tem certeza que voce gostou dessa? Eu disse que sim. Ele disse é sua, experimenta. Não sei qual foi minha reação, minha vontade era agarra-lo e dar um beijo nele ali. Ele parecia " papai noel" dando presente a uma criança carente, seu sorriso era pura emoção. E o provador de roupas? eu moraria nele e seria muito feliz. Saí dali muito feliz mesmo. Paramos numa loja de camisas e ele disse que calça nova pedia uma camisa nova e eu sorrindo disse que não precisava ( na verdade precisava sim) porque minhas camisas estavam surradas. Entramos na loja e comprei uma camisa polo linda,verde garrafa. Ele rindo ( como disse antes vive rindo) vamos agora escolher um tenis. Compramos um tenis 300,00 reais e de brinde ganhamos a meia.

Saímos, tomamos um chopp, na galeria alasca ( galeria de pegação) e lá conheci um costureiro famosissimo ( senti umas olhadas atravessadas dele) mas ele é muito " mulher" pro meu gosto.Ele estava acompanhado de outro costureiro, tambem famoso e ambos sempre apareciam em programas da Globo.

Fomos pra casa, ele colocou um filme no video cassete e ficamos curtindo, tomando uma cerveja. Nossa como ele toma whisky.

As 24hrs eu disse pra ele que horas irimos dormir, ele gargalhou e disse: dormir? a vida aqui começa agora, vai tomar seu banho que vamos sair.

Tomei banho, coloquei minha roupa nova. A camisa me colocou mais homem, mais serio.. Liguei pra casa, minha mãe estava dormindo, pedi desculpas, mas disse que havia conhecido um primo da minha namorada, e que estava indo pro Rio de janeiro com ele e a familia, e que iria ficar no Rio uma semana, e que depois ligava explicando. Quando desliguei o telefone, ele me agarrou e disse que nada poderia lhe fazer mais feliz ,do que eu ficar ali com ele, e senti o quanto é bom ser amado com desinteresse.

Saímos e fomos para a boate " la Cueva" que legal, nada daqueles sons barulhentos que ninguem entende nada. E as pessoas (normalmente mais maduras) estavam descontraídas. Percebi que eu estava fazendo sucesso e que ele se sentia feliz " me xibindo" pros amigos. Nossa isso que é boate... Ficamos até tarde e depois de alguns drinks, fomos para casa. Rio de Janeiro realmente é a cidade maravilhosa, de gente maravilhosa, não que a minha JF não seja otima, mas tem suas carencias....

Chegando no apartamento, não conseguia dormir, era muita euforia tenho certeza que depois dessa noite, minha vida não seria mais a mesma...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

PAG 13 - RIO DE JANEIRO

Todos os meus amigos já viram o mar, eu ainda não.

Não sou de mentir em casa, mas se eu falar que vou ao Rio de Janeiro, sosinho, a casa vai cair.

Sexta feira, 15hrs havia acabado de chegar do clube, estava deitado no quarto vendo televisão, quando vi no jornal, Copacabana. Nossa deve ser lindo.

Levantei, tomei banho, coloquei na mochila, uma calça, uma camisa, uma cueca, uma blusa, escova de dentes,pasta, sabonete e dizendo para a minha mãe que estava indo passar o final de semana na casa da namorada, mas que não adiantava ligar pra lá, pois nós iriamos pra casa de uma tia dela, na roça.

Passei na casa da namorada e disse pra ela que minha irmã tinha pedido pra que fosse ao Rio de janeiro ver a minha tia, que não estava bem e que a minha mãe não podia saber.

Peguei o bus ( não era o trocador) e fui para a rodoviaria. Imagine a adrenalina, meu coração não cabia no peito.

Desci na praça da estação e fui pegar uma grana emprestada com um primo.

Estava descendo a rua com o pensamento longe, quando olhei para a janela de um apartamento e adivinha quem estava lá ? aposto que voce não vai acertar. Ele mesmo, o trocador. Bati a campainha e meu primo veio sorrindo, sutilmente perguntei quem era o cara da janela, e meu primo sem desconfiar me passou a ficha completa, já que eram amigos e foram criados juntos. Meu primo ainda disse: vou te apresentar ele, é muito gente boa, eu sempre saio com ele pras domingueiras. Disse que não precisava, me despedi e fui para a rodoviaria.

Quando fui comprar passagem, o vendedor perguntou se era pra mim, que eu era menor de idade e não poderia viajar, eu sorrindo disse que era pro meu pai e me encaminhei para o embarque.

Acendi um cigarro, abri as pernas e provocando um andar de macho, me encaminhei para o bus. O motorista me olhou de cima em baixo e me disse: voce precisa tomar cuidado, ainda mais indo para o Rio. Não entendi, esbocei um sorriso amarelo e cara de retardado, perguntei porque. Ele disse: olha o fecho da sua mochila, todo aberto.

Agradeci, e com as pernas bambas, subi no bus.

O motorista ligou o bus, nos desejou boa viagem, e lá vamos nós.

Quando o bus passou perto de minha casa, imaginei minha mãe na cozinha, conversando com meu irmão e dizendo que eu estava na casa da namorada. Coitada, não gosto de engana-la, mas o que os olhos não veem, o coração não sente. Se eu não fizesse isso, não conheceria o Rio tão cedo.

Deixei meus pensamentos fluir, e viajei até o trocador. Imaginei ele ali comigo, fazendo essa loucura. Duvido que ele faria faria isso, tem cara de ser muito certinho.

Cheguei na rodoviária. Que loucura, nunca vi tanta gente junta, creio que só a Rua Halfeld no carnaval. Não sabia o que fazer e fui seguindo um casal na minha frente.

Atravessei a pista e fui pedir informações a um guarda. Ele me informou e eu pedi informações sobre o" frescão" que é o bus com ar condicionado. Nossa que show, um bus com o " ar condicionado", tudo de bom.

Me acomodei e fiquei imaginando a cara dos meu amigos quando eu contasse. Eles não sabem nem o que é ar condicionado em casa, imagine num bus.

Desci em copacabana. Imagine, eu na famosa calçada de Copacabana. Achei uma loucura, e o mar ? de longe ouvia seu barulho. Tirei o tenis, coloquei na mochila, e molhei meus pés. Será que a agua é salgada mesmo? Sutilmente, molhei os dedos e como se passasse agua no rosto, provei. Caracas é salgada mesmo. Caminhei um bom trecho pela praia.

Estava com fome, parei na lanchonete, e depois de lanchar, perguntei onde eu poderia achar uma pensão. O cara me disse que havia uma senhora que alugava quartos na Av. N. Sra. de Copacabana. Lá fui eu.

Deixei minha mochila no quarto, tomei um cafezinho, a velhinha super simpática, me deu as boas vindas e como se fosse minha mãe, teceu varias recomendações.

Fui para a rua.

Sentei no banco na beira da praia e viajei. Notei que um carro, passou devagarinho e o motorista me deu um sorriso como se me conhecesse. Retribui meio sem graça. Ele fez o contorno e estacionou. Fez um gesto me chamando, mas eu fingi não entender. Ele desceu do carro e dizendo que havia esquecido o isqueiro no carro, pediu pra eu acender o cigarro dele. Acendi, ele pediu para sentar, e começamos a conversar. Ele muito educado e gosador, começou a me gosar por causa do "uai". Me chamou pra tomar um chopp, e eu disse que não tinha grana, e que tinha ido ao Rio apenas para conhecer o mar, e que no outro dia iria voltar cedo para Juiz de Fora. Ele disse que pagava e eu entrei no carro dele. Me lembrei na hora de minha mãe contando as historias sobre o Rio. Deveria ter pensado antes; Fomos para a Barra da Tijuca. O restaurante a beira mar, maravilhoso. Imagine eu, acostumado com o " dia e noite", sentado naquele restaurante maravilhoso, onde o garçon me tratava de senhor.

Voltamos pra Copacabana e ele me convidou para jantar ( logico que aceitei). Ele me chamava de " mineirinho".

A noite no horario marcado, ele me pegou na porta do predio e me convidou pra ir no apartamento de um amigo dele. Chegando lá, ele pegou na minha mão e de mãos dadas , entrou no apartamento. Tinha mais quatro casais, e todos muito educados. Rapidamente fiquei a vontade.

Uma hora da manhã, eu já estava meio alto e disse pra ele que eu estava afim de ir embora porque ja estava ficando tarde, e ele disse que era pra eu não me preocupar ,que eu iria dormir na casa dele, que assim eu não incomodava a dona da pensão. Como o papo estava muito bom, fui ficando. Mais tarde, começaram a fumar um cigarro com um cheiro estranho e um dos amigos dele, me ofereceu. Ele não deixou que eu aceitasse e nem fumou também. Percebi que ele fumava, mas que não fumou hoje porque eu estava perto.

Saímos do apartamento e um amigo dele, na hora que ele foi ao banheiro me deu um cartão de visitas,onde dizia que ele era dentista, e com um sorriso safado se colocou a minha disposição.

Mostrei o cartão do amigo e ele ficou puto da vida com o amigo, não entendi bem o motivo de tanta raiva, mas tudo bem.

Fomos jantar. Que chic, ele parou na porta do restaurante, o cara veio, pegou as chaves do carro e foi estacionar o carro dele.

Entramos. Meu queixo caiu. Velas acesas, o restaurante todo na penumbra, as pessoas apenas balbuciavam, ninguem virou a cabeça pra ver quem entrava.

Jantamos e fomos pro apartamento.

Fiquei sem graça de ficar só de cuecas e ele percebendo minha timidez, meu emprestou um pijama curtinho, todo de seda, nossa que delicia, o pijama parecia que fazia caricias no meu corpo.

Deitamos e ele se deitou no meu peito. Me roubou um beijo. Que beijo, e eu que achei que beijava bem...

Conversamos até tarde e depois de algumas caricias ousadas, dormimos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

PAG 12 - A SEMANA

Tenho ido namorar, mas não está mais a mesma coisa. Este negocio de ficar namorando na varanda, dando beijinhos e voltando pra casa a perigo não está legal.

Pô estou sem grana, ela também e ela continua me enchendo o saco que quer ir para o motel.

Minha tia precisou sair e pediu para que eu tomasse conta de meus primos. Fui e ganhei uma graninha legal.

Tive uma idéia, bom eu também não conheço um motel, vou unir o util ao agradavel. Passei na praça da estação, agendei com um motorista conhecido um horario para amanhã.

No outro dia, liguei pra ela cedo, e disse que era pra ela falar com a mãe dela, que nós iriamos ao cinema a tarde, com certeza a mãe dela vai estranhar ,porque sempre vamos ao cinema na ultima sessão, para ficarmos mais a vontade, mas ela é experta e vai saber dobrar a mãe.

Passei lá, pegamos o bus e eu disse para ela que irimos na casa da amiga dela que mora perto do motel. descemos do bus e nos encaminhamos pro ponto de taxi Ela achou estranho irmos de taxi, já que estavamos sem grana. Arrumei uma desculpa qualquer e vi pelo retrovisor o sorriso ironico do motorista.

Quando chegou na porta do motel, ela levou um bruto susto. Marquei com o motorista o horario de retorno.

Entramos, os olhinhos dela percorriam o ambiente com curiosidade. Não sei porque, apesar de nunca ter entrado me senti familiarizado ali. Ligamos o som, e eu pedi uma garrafa de vinho, e uma porção de batatas fritas. Ah! esqueci de falar que eu tinha um restinho de grana que juntei com o que a tia havia me dado.

O resto, foi tudo como sempre, o mesmo sexo, as mesmas posições, enfim nada de novo a não ser a cama do motel.

No horario marcado o motorista estava batendo na porta.

Entramos no carro e ela não cabia em si de contentamento. Tenho certeza que amanhã todas as amigas dela vão ficar sabendo. Ela se orgulha de ser a mais pra frente da turma.

Deixei ela em casa com uma sensação de vazio, sei lá, foi legal, foi sim, mas ficou faltando alguma coisa.

Quando estava chegando em casa, o bus passou por mim e adivinha quem era o trocador? pois é, ele mesmo.

Não tive sossego, todos os horarios que o bus passava eu estava na janela, parecia um adolescente apaixonado, esperando o principe encantado. Coloquei o walkman no ouvido, sentei na raiz da arvore e fiquei curtindo um som.

O filho da vizinha chegou, eu não estava com saco, ele me chamou para ir no campinho e eu disse que havia ido ao motel com a namorada. A " bichinha" ficou nervosa, disse que eu estava falando aquilo só para afrontar e que nunca mais sairia comigo. " Tadinha" sei que ela está paradinha na minha, porque ela contou para uma colega, que me contou. Imagina só, a coitadinha apaixonada por mim, ah! faça-me rir...Se eu não estou afim de me envolver com mulher muito menos com homem.

Ah! fiz minha matricula no Colégio sâo jose.

Estava curtindo o som quando chegou um cara que tem um " caso" com um vizinho aqui. Começamos a conversar e ele com sorriso ironico, me perguntou pelo filho da vizinha. Eu disse que não sabia e perguntei pelo cara que ele namorava. Ele sem se fazer de rogado abriu o jogo. Comecei a me interessar pelo papo, e fiquei curioso em saber como era o " namoro" de dois homens. E a medida que eu perguntava ele me respondia numa boa. Passado um pouco o namorado dele chegou e ele disse pro namorado que havia conversado comigo sobre eles. Eles se foram e eu fiquei esperando o bus passar. Dando um boa noite mental para o trocador fui para o meu quarto.

Comecei a imaginar o que os dois estariam fazendo aquela hora e fiquei excitado como eu nunca havia ficado.

estou achando que o meu lado feminino está se aflorando mais que o masculino...

E assim sem grandes novidades, sem contar o motel, se passou minha semana.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

PAG 11 - A COMPETIÇÃO.

Final de semana e fui me preparar para a disputa de natação inter clubes

A disputa será no Ginásio do Sport club Juiz de Fora.

Apesar do tempo não estar bom, o frio estava pegando, treinei regularmente.

Cheguei no Sport, e vi a diferença entre os frequentadores do meu clube, com os de lá. Gente bonita, com palavreado correto, pele bronzeada e bem tratada. E as sungas? cada uma mais linda que a outra, a minha que já era pequena, se encolheu mais ainda de vergonha no meio de tantas Adidas e outras marcas famosas. Tadinha da minha, comprada na rua São Sebastião, parte baixa.

Mas o povo que frequentava o clube com sua educação polida, nos recebeu muito bem e rapidamente me entrosei com eles e fiquei tipo " interprete" entre nosso clube e eles.

Competição super concorrida. Eu ( pra variar) fui o unico classificado do nosso clube, ficando com um belo terceiro lugar.

Acabou a competição e fomos pro barzinho do clube tomar um refri. Eu estava sêco numa gelada, mas nosso treinador não poderia nem siquer imaginar que eu bebia. Tomei uma coca, conversamos animadamente.

Fui para a Rua Halfeld e parei no bar " Dia e Noite".Saborei a minha gelada. Era um bar onde de dia se servia lanche e a noite, se servia os fregueses....

Mas eu não estava nem com cabeça pra isso, minha preocupação era pegar o bus e ir pra casa e principalmente: Será que o trocador é ele? Ele está sumido, tem tempos que eu não vejo, não sei o que acontece, sinto uma tremenda falta dele. NÃO ERA ELE...

E eu com um tremendo orgulho,cheguei em casa ostentando minha medalha, minha mãe, olhando superficialmente, me disse que a medalha era bonitinha, meu irmão mais sarcastico , me disse que nas Lojas Americanas, vendia por quilo, não fica dificil imaginar pra onde eu mandei ele...Depois de um lanche rápido, bati na cama e desmaiei...

domingo, 9 de novembro de 2008

PAG 10 - A FORMATURA

E depois de muita choradeira, pegamos nosso canudo...Primeiro grau concluido.

A noite o baile não teve novidades, transcorreu tudo do mesmo jeito. Minha namorada estava preocupada porque disse que nós estudando juntos quase não nos víamos, ela estava imaginando o que iria acontecer agora. Eu propus terminarmos, mas ela ficou brava e disse que não queria ganhar isso como presente de formatura. Eu por mim, me acho muito novo pra ficar com compromissos, o que estou querendo no momento é: MUITO SEXO, ALCOOL E ROCK IN ROOL (é assim que escreve). Deixa pra lá que quando eu virar doutor, me preocupo com ortografia....

Por falar nisso, se lembra "dele"? tava bunitinho com sua roupinha social, mas para mim passou a ser mais um dos pobres meninos ricos, etiquetado por fora, mas demanos por dentro...

Fui leva-la em casa e pra variar, fizemos sexo, dessa vez na garagem ( ela não desiste da ideia do motel)

Fui pro barzinho onde com certeza sei que os amigos estavam. Bar do Beco, nossa lá é tudo de bom, eles nem imaginam que estou com 17, pelas minhas atitudes e barba na cara acham que tenho 18.

Encontrei só dois amigos e tomei umas geladas até as 3 hrs da manhã.

Tive de ir a pé pra casa, pois a grana que eu tinha gastei no Bar do Beco. Mas foi bom, fui pensando na vida e resolvendo qual seria meu destino já que agora não ia estudar mais no SENAC.

vou ter de estudar muito pra fazer o exame de admissão no colegio São José.

QUERIA SER UM POBRE UM DIA, PORQUE TODO OS DIAS É FODA....

Cheguei em casa e cama...

Domingo.

Acordei, bati um papo, mamãe me sentou no colo porque não voltei com eles do clube, e fui pro bar do beco.

Fui pro clube.

Treinei um pouco natação, joguei um volei, e vim embora.

Domingão pra variar, familia no sofá e fantastico na tv.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PAG 09 - MINHA PRIMEIRA VEZ ( DE NOVO)

Sabe aquelas tardes, chuvosas, que o que voce quer, é tomar um nescau quentinho, comer biscoitos, se jogar no sofá da sala, e assisitir sessão da tarde? pois é, era assim que eu estava quando, bateram campainha.

Mamãe: É para voce.

Eu: Mas que saco, vai atrapalhar minha sessão da tarde, o desenho que vai passar é tudo de bom, adoro desenhos ( filme)

Fui até a porta e adivinha quem era? ele mesmo, o filho da vizinha. Sentou-se e abriu o falador, porque será que bicha fala tanto? já que eu não conseguia ouvir o filme, achei melhor desligar a tv e ligar o som. Minha mãe com a cara de poucos amigos, sentou-se e disse: atrapalho? Eu respondi que claro que não, e me desculpando, levantei para tomar banho. Demorei horas no banho, não queria encontra-lo em casa.

Saí do chuveiro, ele já não estava, fui para o quarto, coloquei um shortinho, camiseta e fui para a janela. Que pena o trocador sumiu...

Quando olhei para a mesinha vi a chave da casa do vizinho, e pensei, com certeza deixou de proposito pra eu ir lá..Não deu outra, quando fui chegando na porta da casa dele, ele já foi abrindo, e com a cara mais cinica disse: que surpresa!!! que vontade de dar na cara dela. Entreguei a chave e ele me mandou entrar. Entrei e sentei. Ele sentou quase no meu colo e começamos a conversar. Ele buscou uma revista de mulher pelada do irmão dele ( nunca tinha visto) e me emprestou, pra variar, me excitei na hora. Ele: Não sei como voce consegue ficar assim, eu não vejo graça nenhuma. Quase que eu falei: também mulher do jeito que voce é, mas mordi na lingua e me calei. Eu quase furava o short de tão excitado. E ele falando, falando e falando, pensei: vou calar a boca dessa bichinha. Coloquei pra fora e disse: Dá uma chupadinha. Ele não esperou a segunda vez, caiu de boca. Quando eu senti que não aguentava mais, baixei a bermuda dele e mandei brasa.

Ele se mexia mais do que minhoca no asfalto quente...

Fui pra casa. O dificil foi explicar pra mamãe, porque num dia chuvoso, eu tomei dois banhos quase em seguida, e ainda depois de vir da casa da vizinha.Minha mãe sacou, tenho certeza disso.

Legal comer uma bundinha, gostei muiiito da ideia...Agora não preciso mais " descascar uma" debaixo do chuveiro quando minha namorada não puder, tem a " filha da viznha" rsrsrs

Feliz da vida, fui para o meu quarto,me joguei na cama, liguei o som, tentei estudar um pouco, mas não consegui, meu pensamento voava até o trocador. Como será a bundinha dele?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PAG 08 - DESILUDIDO...

Acordei cedo e me preparei para o colégio.
o bus passava perto de minha casa, ia até o ponto final e daí a quinze minutos, retornava.
O bus, subiu, pela janela vi que era o trocador. Nossa que lindo que ele é.

Entrei no bus e paguei. Ele sorrindo, me deu um sonoro bom dia. Minhas pernas tremeram, minha fala não saiu. Ele deve ter me achado um tremendo idiota e um grandississimo mal educado. O que será que me deu?

logo eu que gostaria muito de ter conhecido ele. Sentei na poltrona e com rabo de olho, vi que ele olhava insistentemente para uma menina. Me subiu um nervoso, uma vontade de navalhar a cara dela. Que isso ,esse não sou eu, estou tendo pensamentos violentos, eu que sou amante da paz. Desci perto da Escola Normal e fui a pé até o colegio, Minha cabeça fervia, não parava de pensar no trocador.

Cheguei no colégio e " ele " chegou. Seu sorriso estava diferente, percebi que seus dentes não eram tão bonitos como o do trocador e que corpo não era lá grandes coisas, "ele" estava diferente, eu passei a aula inteira olhando pra "ele" e comparando com o trocador, nossa que diferença. Fiquei triste e pensativo, onde foi parar aquele desejo todo e também toda aquela admiração que eu tinha por "ele"? . Me senti só, DESILUDIDO e com o coração partido. Na saída do colégio "ele" me esperou pra descermos juntos, mas eu inventando uma desculpa, disse que iria pra casa de minha tia.

Que isso, eu agora dei pra mentir para meus amigos?

cheio das duvidas cheguei em casa.

Liguei o som, coloquei a Maria Bethânia e viajei.

Será que amanhã, o trocador vai trabalhar nessa linha? Porque será que ele não usa uniforme?

Minha mãe estranhou que eu ficasse o dia inteiro no quarto trancado, e eu disse que estava com dor de cabeça. Ela retrucou: Nunca vi ninguém com dor de cabeça, ouvir som nessa altura, fingi que não entendi e continuei deitado. As horas não passavam e de repente, minha mãe batendo na porta do quarto me disse, que o filho da vizinha estava me chamando.

Abaixei o som, abri a porta do quarto e cheguei na janela, ele com o sorriso aberto até na orelha, me chamou pra dar uma volta no campinho ( campinho era o local onde a mulecada fazia troca troca) eu disse para ele me esperar lá no campinho que daqui a quinze minutos eu iria. Coitado, ainda bem que lá tem lugar pra sentar.Quando eu quis ele me cortou, agora que se dane....

Tomei banho, aliás um super banho, e pensando no trocador fiquei excitado. Ia " bater uma " mas achei melhor ir pra casa da namorada. Cheguei lá, sentamos na varanda e colocamos a eletrola ( daquelas que a tampa saí ) com um disco do Caetano Veloso trocamos uns beijos. Comecei a ficar excitado e pedi pra ela tocar uma pra mim. Ela foi na cozinha, pegou uns guardanapos e veio sorridente . Não pense voce que eu que era o safado não, porque ela gostava de uma sacanagem mais do que eu, inclusive queria ir pra um motel de qualquer jeito. Sou maluco, e não doido de leva-la a um motel, pensa dois adolecentes em um motel? De repente, bate uma policia e olha eu casado, e casamento, como diz o Roberto Carlos:

" não é papo pra mim "....

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

PAG 07 - DE NOVO O (A) FILHO (A) DA VIZINHA

Sabado a noite, levei a namorada ao cinema, depois a levei em casa, e fui dormir.

Domingo acordei com o sol lindo. Adoro dias assim, parece que se tem mais energia, e que todos ao nosso redor estão felizes.

Depois de um lanche rápido e um beijo na minha velha, fui pro clube, adivinha quem estava indo também?

aposto que voce não adivinha. Ele mesmo, o filho da vizinha, fomos conversando, ele desperta muito atenção, onde passa, os olhares acompanham e os comentários são enevitaveis. Nunca o percurso do clube demorou tanto. Ufa! cheguei

Tomei uma ducha, dei um mergulho, a agua estava maravilhosa. O sol refletia seus raios na agua, que refletiam nos corpos a beira da piscina.

Sentei na espreguiçadeira, e estava viajando nos pensamentos ,quando ouvi: Atrapalho? e sem esperar a resposta esticou a toalha ( toda estampada) e se deitou. Eu não acreditei, ele de novo, será que vai virar cola?

E o papo que não rolava, eu não tinha assunto, e reparei que as pessoas ao redor faziam comentários sobre a sunga que ele usava ( se é que posso chamar de sunga)

Ainda bem que passado um tempo, um amigo me chamou para jogar volei, fui mais rápido do que pensamento.

A partida estava otima, modestia a parte eu era um grande bloqueador ( apesar da minha altura)

Estava entertido na partida quando ouvi aquela vozinha:

Lu, na hora que voce for embora voce me chama? Minha cara foi ao chão. Porque quando a gente quer a terra não abre e não nos engole? Respondi quase balbuciando: chamo sim

Ele: não ouvi, voce me chama? Que vontade de dar um berro, além de fresca essa bicha é surda. Respondi alto: chamo sim A "penosa" saiu toda saltitante e parou na beira da piscina. Achei que ela ia dar um mergulho e ela simplesmente tampando o nariz com os dois dedinhos, deu um gritinho e caiu de " bomba". Não precisa nem falar que fui a chacota da turma a tarde inteira...

Na hora de ir embora, arrumei um jeito de sair sem ele notar e, vazei...

A noite, estava na sala com a familia assistindo o Fantástico, ouvi a aquela vozinha famosa: Lu, voce está ai?

Minha mãe logo reclamou, não gosto de voce andando com esse menino. Respondi que não "andava" com esse menino, e que simplesmente as vezes coincidia de nos esbarrarmos.

Fui atende-lo. Ele estava com uma fita casssete na mão e disse que gravou pensando em mim. Eu agradeci e disse que ia buscar o walkman. Voltei e coloquei a fita: " As 20 top romanticas" começou com top gun. Muito bom gosto a fita.

Ficamos conversando e ele me chamou para ir na casa dele, ver uma revista que ele havia comprado. Pensei: revista, a essa hora da noite? eu sei o que esse carinha está querendo...

Fomos. Cheguei lá, ele me deu a revista e a coloquei sobre o joelho. Ele com o pretexto de me mostrar uma foto, tocou na revista que estava em cima do meu pau. Não deu outra excitei na hora. Ele fez de bobo e tirou a mão, eu peguei a mão dele, e coloquei em cima e disse: voce começou e agora vai terminar> Ele me olhou com cara de retardado, e disse que não era nada daquilo, que ele era homem, e pediu para que eu fosse embora. Saí pau da vida, imagine se ele é homem, Dercy Gonçalves é virgem. Todo mundo no bairro diz que já comeu e pra mim, ele diz que é macho.
Saí pau da vida, batendo porta e fui para casa.

Minha mãe pela minha cara percebeu que havia acontecido algo, e eu pra despistar ,disse que um cachorro havia me avançado.

Fui dormir excitadissimo.

Essa bichinha me paga, agora é questão de honra....

terça-feira, 4 de novembro de 2008

PAG 06 - O ( A ) FILHO (A) DA VIZINHA

Final de semana, logo mais vou pegar um cineminha.

Na porta de minha casa, tem uma arvore, que tem uma raiz que saiu da terra e ficou exposta. Na minha rua tem 132 casas e na porta de cada casa , meu avô plantou uma arvore, que pena que hoje em dia poucas sobreviveram. Essa raiz se tornou um banquinho onde fico sentado, ouvindo som e admirando a paisagem. Tem um ponto de onibus na porta de casa e numa dessas paradas observei que havia um trocador, muito bonito.

Estava sentado, curtindo um somzinho, quando o filho da vizinha chegou na janela. Eu com o meu olhar 43 ( que não falha nunca) aquele com cara de cachorro abandonado, o cumprimentei. Não se passaram quinze minutos, ele veio e me disse: O que houve, voce está com uma cara triste?

Eu: Briguei com a namorada

Ele: nossa, mas é definitivo?

Eu: Me parece que sim, eu gostava muito dela e quer saber de uma coisa, olhei bem dentro dos olhos dele e disse: Apartir de hoje não quero mais saber de mulher nenhuma na minha vida.

Ele: como assim?

Eu: Cansei de tentar entender as mulheres, são muito complicadas

Ele: E voce vai ficar sosinho ?

EU: Não! estou de olho num pessoal aí, mas essa pessoa parece que não me nota
Ele: Eu sei quem é?

Eu: Sabe sim, mas é melhor parar o assunto por aqui, porque voce sabe, tenho vergonha, sou muito timido.

Ele: ah! me conta vai, por favor

Eu: fingindo timidez: Não sei se devo, voce pode rir de mim
Ele: mas porque eu riria

De repente a janela da casa dele abriu, e sua mãe o chamou, dizendo que estava na hora da novela.

Ele entrou e fiquei pensando, tanta coisa para se fazer e essa " bicihinha" vendo novela com a mãe, ah! me poupe

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto.

Minha mãe ligou dizendo que minha namorada havia ligado

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

PAG 05 - NO CLUBE

Perto de minha casa tem um clube, Tupinambás futebol clube. Normalmente todas as tardes eu ia pro clube, com chuva ou com sol, pois disputava natação pro clube, e também jogava no time de volei.

Disputei natação varias vezes , e também disputei volei no time do clube, contra varios times de clubes adversarios. Ganhei varias medalhas, que passei para a frente ( depois explico como)

Comecei a reparar que o clube não tinha só moças bonitas, mas também rapazes cuja beleza faria inveja a muitos artistas global . No time de volei então, tinha um, que tinha umas pernas lindas, além de um belo par de olhos verdes e pelo volume de seu calção,teria um belo brinquedo,que daria pra me divertir muito...To ficando saliente né? Minha menina chegou no clube e fomos pra piscina, começamos a dar uns garros na agua, no que logo fomos advertidos pelo salva vidas, pois no clube é proibido namorar na piscina.

Debaixo das arquibancadas, tem um vão onde os rapazes namoram, levei minha menina pra lá e tiramos um sarro legal, pedi pra ela fazer um boquetezinho mas não cheguei a gosar, ela não deixou...Sai debaixo da arquibancada. disfarçando pois o volume dava pra notar de longe. Fomos para o bar onde tomamos uma coca.

Levei-a em casa e depois de filar o lanche, fui pra minha casa.

Ah! esqueci de falar: comprei um wakman para mim, nossa, o top do momento. Agora eu só andava a pé curtindo meu somzinho.

Cheguei em casa e comecei bater um papo com minha mãe, ela disse que o filho da vizinha, foi pego com o cunhado na cama e que a filha da vizinha ia se separar. MInha mãe: " bem que eu desconfiava daquele menino, aquele jeitinho dele de andar, rebola mais que irmã dele. Boa dica minha mãe me deu, vou reparar mais nele...

Fui pro quarto gravar fitas para o walkman...

domingo, 2 de novembro de 2008

PAG 04 - MINHA PRIMEIRA VEZ

SABADO NO COLEGIO:

O Baile ia começar as 19hrs e as 18 e 30 nós chegamos. Eu com a minha namorada e "ele com a dele. Procuramos uma mesa mais afastada e pedimos refrigerante. O som ja estava rolando e nós conversamos animadamente, toda hora sendo interrompidos por alguém da sala que chegava.

O baile começou. Fomos pra pista, dançamos ( tanto juntos de rostinho colados, como separados) e as 22hrs fomos pra casa. Nos despedimos deles e fui leva-la em casa. Resolvi subir para tomar agua porque o calor estava insuportavel. Tomei a agua e fui lhe dar um beijo de despedida, mas foi " o beijo " e me excitei, puxei -a com mais força e vi que ela tremia. Perguntei pela empregada e ela disse que estava de folga. Arriscando tudo,pois seus pais estavam na sala, puxei-a para o quarto da empregada e depois de muitas caricias, perdemos juntos nossa virgindade. Num quarto de empregada, minusculo, com um calor de 38º, mas foi bom demais." Amor puro, amor inocente, onde duas crianças de 15 anos transaram, pensando que estavam fazendo amor"...

Fui para casa, feliz da vida, descobrindo os prazeres do sexo, e sosinho, sosinho sem a orientação de pais ou irmãos. Gostaria de ser amigo de meu pai e poder contar para ele, mas acho que levaria um tapa na cara pois isso seria " libertinagem" melhor deixar como está mesmo....

sábado, 1 de novembro de 2008

PAG 03 - NO CINEMA

NO COLEGIO

Cheguei no colegio e "ela " veio com a cara de poucos amigos, me dizendo que precisava falar comigo. Eu pensei, lá vem merda, e não deu outra. Ela xoramingando, me disse que uma amiga dela havia lhe contado que eu estava tendo um caso com" ele". Minha melhor defesa foi o ataque. Então voce acredita nessas fofoquinhas?, ela está querendo e atrapalhar e nos afastar um do outro. Ela disse que não era só ela que estava falando, e sim a classe toda, ou melhor o colegio todo. Eu puto perguntei: E voce o que acha disso, também duvida da minha masculinidade? ela respondeu que não. Bateu o sinal e fomos para a sala. " Ele" já estava lá. Que sorriso lindo, cada dia mais gosto desse sorriso que não conheço outro igual.

Intervalo: vieram os dois juntos e abracei-a para conversarmos. Vi que ele franziu a testa e alegando uma desculpa qualquer, nos deixou. Disfarçando fiquei acompanhando "ele" com olhar. Chegou um cara e passou a mão na bunda dele ( brincadeira idiota, odeio isso) fervi. Comentei com "ela": voce viu, que brincadeira idiota? passaram a mão na bunda dele. Ela respondeu: brincadeira de homem é assim mesmo, são brutos pra brincar. "Ele" olhou pra mim e pela minha cara , viu que não gostei...

Saímos do colegio, "ela" teve de ficar porque ia fazer um trabalho ( ainda bem) e nós descemos rindo e brincando. Paramos pra tomar uma coca e "ele" alimentou a idéia de irmos ao cinema. Achei otimo.

Demos umas voltas na rua, olhamos alguma coisa no shopping ( se é que podemos chamar de shopping ) e depois de comprarmos refri e pipoca fomos ao cinema. Começou o filme. O braço dele esbarrou no meu, nossa que calor emanava do corpo dele. Me excitei na hora. Quem disse que consegui prestar atenção no filme. O filme acabou rápido demais, duas horas que pareceram 15 minutos. Fomos ao banheiro. A curiosidade era muita, mas quem disse que eu tive coragem de olhar. Acho que perdi uma boa oportunidade, mas sei com certeza que outras virão e não vou deixar escapar. Saímos do cinema e cada um foi para sua casa. Almocei, deitei um pouco, coloquei uma musiquinha (Caetano Veloso) e relaxei, não parava de sentir seu calor. Coincidentemente começou a tocar uma musica da Bethânia ( Quero ficar no seu corpo feito tatuagem...) Me excitei e não conseguia "esfriar". O jeito foi ir para o banheiro e " descascar uma". Minha tetestorona estava a mil... voltei mais aliviado e calminho.Dormi e meu sonho, foi um sonho de anjo...

A noite fiquei na porta de casa com vizinhos, mas eu estava achando o papo muito careta, só falavam de mulher, mulher, mulher, que papo idiota. Eu estava para entrar em casa quando chegou um rapazinho nervoso, dizendo que havia brigado com a namorada. Logico que dei meu ombro amigo pra ele desabafar. Ele me chamou para dar umas voltas e fomos andando até uma pracinha que ficava a uns 15 minutos de minha casa. Sentamos e começamos a conversar. Ele começou a falar porque que a namorada dele era assim, por mais que ele fazia, ela nunca estava satisfeita.Disse para ele ter calma e paciencia que com o tempo ele moldava ela. Nisso passou um travesti, todo pomposo. Ele disse: acho estranho um homem se vestir de mulher né, mas cada um tem sua vida não é mesmo? e eu claro ,concordei e ao fazer isso bati a mão na perna dele. Ele disse rindo, achei que se ia pegar no meu pau. Eu sem graça: que isso cara, e ele emendando conversa: se voce não pega eu pego, e foi logo pegando, e com isso sem que eu esperasse me puxou e me lascou um beijo de novelas. Perdi o folego, isso sim era um beijo e não o beijo da minha namorada. Ele pos a minha mão no pau dele e ficou alisando o meu. Ele abriu o fecho dele e em seguida abriu ao meu e com um longo beijo, gosamos...meu primeiro beijo em um homem ( até que não me saí mal,poruqe ele disse que eu beijo bem)

Voltamos pra casa casa e no caminho pela primeira vez aprendi o significado da palavra: bi.

Será que eu sou bi? To começando a achar que sim...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

PAG 02 - PAIXÃO SUBITA

Eu realmente não sabia que atitude tomar.

O que me importava é que nossa amizade não iria ficar comprometida, isso sim me importava e muito.

"Ele" ficou mais um pouco e se despediu. Seu aperto de mão, foi como um toque em meu coração, "ele" se foi e a realidade chegou. Já sabia quem tinha inventado isso tudo, era aqueles babaquinhas que queriam pegar as meninas e não conseguiam e tentavam me difamar, ah! mas isso não ia ficar assim não, com certeza que não.

no colégio:

Cheguei e aí sim reparei aos boxixos ao meu redor.

Fui direto pra cantina onde a " menina" estava quando me aproximei dela, ela se virou e sem que "ela" pudesse se esquivar , beijei-a. O bom das bôcas do colegio, era xonado nela e com rabo de ôlho vi que ele estava olhando, e saiu furioso. A turma encarnou nele. Eu disse que minha vingança seria maligna...

"Ele" chegou, eu não conheço um cara bonito assim, o uniforme do colégio ficava muito mais bonito nele. Chegou já sorrindo, me abraçou, cumprimentou a "menina" e fomos para a sala juntos.Eu não cabia em mim de alegria, e eu fazia questão de olhar na cara de um por um. A aula transcorreu sem novidades e descemos juntos até o ponto do onibus.

Cheguei em casa minha mãe não estava. Onde será que ela foi? não deixou nem um bilhete explicando, fiquei preocupado.

Campainha, quem será?

Abri a porta e um vizinho me pedindo para pegar uma bola, que havia caído no quintal, abri a porta e disse para ele ir pegar. Ele foi andando na minha frente e pude reparar a bunda dele, desci os olhos e vi suas pernas grossas e morenas de sol. Ele voltou com um sorriso nos lábios e me pediu um copo dagua. Sentou-se a vontade com as pernas e percebi que ele estava sem cueca, o volume aparecia e comecei a me excitar. Como eu estava de short branco ficava dificil disfarçar. Perecebi que ele notou e corei. Ele bebia sua agua e me bebia com os olhos. Eu não sabia o que fazer. Quando ele foi entregar o copo, segurou minhas mãos entre as suas e comecei a tremer. Ele me perguntou se era grande, sorri e respondi: porque voce não vê? ( eu não acredito, eudisse isso mesmo?) Ele respondeu é pra já, e logo colocou ele pra fora. Ajoelhou-se e começou a me fazer um sexo oral . Eu não sabia o que fazer, minhas pernas tremiam, eu suava e quando dei por mim estava gosando. Que sensação gostosa! Ele sorrindo disse: é do tamanho exato do meu prazer. Sorri meio timido e me encaminhei para a porta.Ele se despedindo disse: com certeza, eu volto, me aguarde.

Caramba , minha primeira experiencia sexual, até que não foi ruim rsrsrs

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PAG. 01 - COMO TUDO COMEÇOU....

Nasci em uma cidade linda, cercada por montanhas, chamada Juiz de Fora.Esta linda cidade se encontra no estado de Minas Gerais, no meu querido país, Brasil.

Minha infância foi de uma criança bairrista, cheia de muita diversão e curtição que a rapaziada de hoje nem sonha como é, por isso aos poucos vou deixando aqui relatado as minhas proezas.

Minha família, maravilhosa por sinal, era composta de meu pai (falecido) minha mãe, minha irmã e mais dois irmãos e morávamos numa casa simples de três quartos, sala, cozinha,banheiro, com um grande terreiro,onde tínhamos nossa hortinha e um lindo cachorro poodle.

Minha rua tinha vários lotes vagos,onde nos divertíamos escorregando ou soltando pipa. Aos sábados fazíamos nossas tardes dançantes, onde disputávamos as meninas mais bonitas do nosso bairro e de bairros vizinhos.

Meu primeiro grau foi concluído em um colégio, que hoje oferece somente cursos profissionalizantes chamado SENAC ( Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) O ensino, era muito rígido bem diferente do atual ensino de hoje em dia, sem contar que todas as segundas feiras tínhamos de hastear a bandeira e cantar o hino nacional em posição de sentido. Eu odiava isso, mas hoje em dia, que saudades, aquele ódio que eu sentia se transformou em um amor e respeito e patriotismo, por esse país tão desvalorizado por nossos políticos que roubam, exploram e cuidam tão mal da saúde de nosso povo, e principalmente da educação. Mas pra que cuidar da saúde se a máfia branca dos remédios não sobrevive sem as manobras de superfaturamentos; e para que educar as pessoas, se elas aprenderão a votar e com isso, nosso coronéis perderão o poder, porque desde meu primário que as mesmas familias continuam no poder, passando de avô para filho e de filho para neto. Coisas de Brasil que meu avô já criticava.

posso dizer que fui disputado no colégio não só por meus atributos pessoais, mas também por dançar bem, tanto separado, quanto de rostinho colado.

Ia levando minha vida feliz, quando resolvi me sentar ao lado de um colega muito bonito no colegio. Estranho, comecei a sentir falta ,muita falta "dele" e o dia que "ele" não ia ao colegio, eu achava que as aulas demoravam, o intervalo não tinha graça. Comecei a me dar conta que eu estava me interessando demais por "ele" e isso começou a me assustar.

Que estranho, eu nesses meus 15 anos parei de me interessar por meus bailes,comecei a ir para o museu matando aula, simplesmente para ficar ao lado "dele". Uma tarde num tropeço "dele", caiu nos meus braços, e ao sentir sua bôca quase roçando a minha , senti algo que nunca havia sentido. Um calor me passou pelo corpo, e rapidamente nos afastamos e eu desconcertado, e "ele" mais ainda ,resolvemos voltar pra casa e nesse dia no caminho de volta, trocamos poucas palavras.

Ao chegar em casa, coloquei uma musica e me deixei levar pelos pensamentos e quando dei por mim, estava totalmente excitado, o que será que está acontecendo? porque me excitei ao lembrar de sua bôca proxima a minha?

Passei uma noite de angustia pensando com seria nosso reencontro no colégio. Cheguei ao colégio bem antes da aula começar eu já estava sentado ( sentavamos bem atrás para podermos conversar) e sutilmente fiquei brincando disfarçadamente com a carteira ao lado para que ninguém sentasse.

"Ele" chegou, seu sorriso lindo iluminou a classe, sua voz fez com que meu coração disparasse."Ele" deu um bom dia geral para todos ,e sentou-bem a frente ,e começou um papo animado com um colega.

Eu não acreditava no que estava acontecendo. O que eu fiz para ele tomar essa atitude? Não consegui prestar atenção na aula que nunca demorou tanto para terminar.

Sinal do intervalo, "ele" saiu em disparada na frente com mais colegas em um animado papo. Fui a cantina, peguei um refri e fiquei de longe observando.

"Ele" transpirava...seu suor descia pelo rosto e passava pelo contorno de sua bôca. Fiquei a imaginar o que não faria para enxugar aquele suor.

Mas o que é isso, que pensamento é esse? Balancei a cabeça como se espantasse dela esses pensamentos.

soou o sinal. Esperei que "ele" entrasse primeiro e passei pela carteira "dele".

eu disse: Oi, com um sorriso tão aberto que engoliria a sala toda

Ele: oi, com um murmurio tão baixo que mal pude ouvir e reparei tambem que nem um musculo de seu rosto se mexeu.

que vontade de pular em cima "dele" e sacudir e perguntar: Meu Deus o que está havendo com voce?

Me sentei, e tentei prestar atenção na aula e é claro que não consegui.

ah! me lembrei hoje tem educação física, então teremos de ficar lado a lado, já que jogamos no mesmo time.

Quando terminou a aula fomos todos pro nosso lado da quadra como faziamos sempre. Estranhei "dele" ficar do outro lado.

O professor pegou a apito, e só aí reparei que tinha um outro rapaz no nosso time, e que "ele" havia trocado de lugar com esse rapaz. Saímos jogando, e numa dividida de bola, nossos corpos se encontraram ,e eu envolvido nesse contato de corpo a corpo, perdi um gol feito, e por isso fui substituido na hora. Cheguei a chorar de raiva.

Tenho um amigo que sempre estavamos jntos e que me perguntou o que estava havendo e eu desconversando, fui tomar meu banho.

Desci a rua Halfeld, point de nossa cidade, mas eu andava como um automato, não enxergava nada.

Cheguei em casa e minha mãe disse que uma menina havia ligado perguntado se eu ia mesmo ao cinema. Me lembrei que marquei de pegar um cineminha e que ia ser bom me distrair

Me arrumei, passei meu perfume, lancaster ( o perfume que era usado pelos machos ) e fui encontra-la.

Compramos a pipoca,refri e nos sentamos, ela se insinuava toda e eu fingia não entender. Começou o filme e senti seu braço se encostar ao meu. Começamos a nos esbarrar e em segundos esquecemos completamente do filme, e começamos nos amassos. Acabou a sessão e fui leva-la em casa. fui para casa.

No outro dia:

e lá vou pro colegio de novo na ânsia de ve-lo

quando cheguei "ele" se virou para conversar com um colega, evitando assim me cumprimentar. Que ódio se apossou de mim. Quem "ele" pensa que é para me ignorar assim?

Trabalho em grupo: como sempre fazíamos trabalhos juntos, a professora nos colocou juntos. Parecia que era a primeira vez que nos víamos. "Ele" mal abriu a bôca. Acabamos o trabalho entregamos, e saímos, "Ele" apressou o passo, mas eu não resisti e gritei: Ei, espera um pouco," ele" a contra gôsto, diminiu o passo.

Eu: posso perguntar o que está havendo?

Ele: com a cara de sonso: o que está havendo? eu não sei de nada

Eu: já nervoso, e com a voz tremendo: voce trocou de time, trocou de carteira, não está falando comigo e diz que não está havendo nada?

Ele: Não sabia que minhas atitudes estão sob o seu controle, na proxima vez te peço permissão. Se virou e saiu apressado.

Fiquei pregado no lugar, minhas pernas se recusavam e se mexer. O que está acontecendo? porque tanta raiva no olhar "dele"?

Meu amigo me chamou ,e descemos juntos conversando, eu estava no Alto dos passos e até a Rua Halfeld era um pedacinho de chão. Eu tantava prestar atenção na conversa, mas não conseguia. Meu amigo disse que a menina que fui ao cinema comentou para todos que estava me namorando e que " ele " não havia gostado.

Será que "ele" ficou com ciumes? tomara, assim "ele" larga de ser babaca....

não sei porque, mas eu gostei dessa hipotese.

Cheguei em casa e minha mãe ia sair, meus irmãos não estavam em casa, e eu ia ficar sosinho. Minha mãe pediu para que eu arrumasse a cozinha. Campaínha, quem será?

Abri a porta e congelei. "ele " estava parado na porta , suado, de short, meia, tenis e camiseta jogada no ombro. Minha voz não saía.

Ele: não vai me mandar entrar?

Eu: desculpe, entre, ou melhor acho melhor voce colocar a bicileta no jardim para maior segurança. Ele guardou a bicicleta

Entrou e eu o chamei para cozinha. abri a torneira com tanta força que o jato me molhou. Rimos e eu perguntei o motivo da visita.

Ele: Não sei como começar, talvez voce fique chateado comigo, mas eu resolvi que tenho de falar.

Eu: Mas o que houve?

"Ele" pegando o pano de pratos e começando a enxugar os talheres, prometes que não vais ficar com raiva?

Eu: fala logo que estou ficando nervoso

Ele: Sabe porque eu me afastei esses dias de voce?

Eu: Sabia que estava acontecendo algo, o que é?

Ele: com o sorriso amarelo e com a voz trêmula. A turma lá do colegio está dizendo que voce é gay.

Deixei um copo cair...

Eu: Como que é? Que loucura é essa? de onde surgiu isso? vou dar porrada no babaca que falou .

Ele: Calma que ainda não acabei de falar.

Eu: e ainda tem mais? O que podem estar inventando esses idiotas?

Ele: Estão falando que eu estou te comendo.

Eu: Idiotas, por isso que não me misturava com aquela turminha, o que mais eles falaram

Ele: mais nada, só que na hora do intervalo, eles ficam imitando voce falar e a andar

Eu: O que tem minha voz? por acaso eu eu ando e falo diferente dos outros?

Ele: Não fique chateado, mas voce anda sim diferente e além disso voce está sempre penteadinho, sempre cheirosinho e isso está irritando eles.

Eu fiquei mudo, não sabia o que falar, morria de vergonha de olhar para "ele", queria perguntar para "ele" se também "ele" pensava assim, mas não tive coragem

Ele: Bem agora voce sabe

Eu: Quer dizer, que voce vai se afastar de mim por causa disso?

Ele: realmente não sei o que fazer minha namorada esté me enchendo o saco e disse que minha mãe tambem já está sabendo, creio que ela mesmo contou pra mamãe.